João Soares acusa António Costa de "crise de egocentrismo"
Deputado lembra a "tragicomédia que terminou de forma absolutamente pífia" que Costa protagonizou há cerca de um ano.
Em declarações à Lusa, o dirigente socialista disse não aceitar que a história de há um ano se repita, lembrando a "tragicomédia que terminou de forma absolutamente pífia", com o recuo do presidente da Câmara de Lisboa e a confirmação de António José Seguro na liderança do PS.
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Em declarações à Lusa, o dirigente socialista disse não aceitar que a história de há um ano se repita, lembrando a "tragicomédia que terminou de forma absolutamente pífia", com o recuo do presidente da Câmara de Lisboa e a confirmação de António José Seguro na liderança do PS.
"Há menos de um ano tivemos um número parecido com este, uma tragicomédia que terminou de forma absolutamente pífia. As pessoas é que não têm memória na nossa terra. António Costa fez exatamente o mesmo número e, depois, chegou à comissão politica e disse que não era candidato", recordou.
O ex-presidente da autarquia disse não lhe apetecer votar todos os anos a mesma questão, lembrando que o Congresso Extraordinário do PS legitimou Seguro com uma vitória e não uma derrota.
João Soares acusou António Costa de estar a sofrer uma "crise de egocentrismo, narcisista e sebastianista", recordando que "não há homens indispensáveis na terra".
O dirigente socialista lembrou ainda as eleições autárquicas de 2013, nas quais votou em António Costa para a presidente da autarquia de Lisboa, sublinhando que é um "desrespeito" pelo seu voto que agora este responsável político pense em entregar a Câmara a outra pessoa.
"Votei no António Costa e declarei-o publicamente. Não estou disponível que alguém em quem votei entregue a câmara, seja a Helena Roseta ou a outro qualquer. É um desrespeito pelo meu voto, voto por princípio republicano. Não aceito isso, é um disparate completo", frisou.
António Costa manifestou terça-feira disponibilidade para "assumir as responsabilidades" na liderança do partido, depois de ter considerado que "à derrota histórica da direita nas europeias não correspondeu uma vitória histórica do PS".