Malásia divulga dados de satélite relativos à trajectória do voo MH370 que desapareceu
Os familiares dos 239 passageiros há muito reclamavam conhecer os estudos que concluíram que o avião da Malaysia Airlines se despenhou no oceano Índico, ao largo da Austrália.
A informação, que foi compilada num documento com 47 páginas, foi primeiro avançada aos familiares dos 239 passageiros que seguiam a bordo do Boeing 777 com destino a Pequim. Até hoje, não foram encontrados quaisquer vestígios da aeronave, nem avançada nenhuma explicação oficial para o acidente.
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A informação, que foi compilada num documento com 47 páginas, foi primeiro avançada aos familiares dos 239 passageiros que seguiam a bordo do Boeing 777 com destino a Pequim. Até hoje, não foram encontrados quaisquer vestígios da aeronave, nem avançada nenhuma explicação oficial para o acidente.
Segundo explicaram as autoridades malaias, os dados de satélite foram divulgados ao público por razões de transparência e para que as conclusões da investigação possam ser escrutinadas por observadores independentes.
As autoridades acreditam que o avião se desviou da trajectória na zona de transição entre o espaço aéreo da Malásia e do Vietname, tendo invertido radicalmente a rota e derivando para sul.
Entre a informação agora no domínio público constam os dados relativos aos contactos horários entre o avião e o satélite de comunicações britânico Inmarsat, bem como a análise técnica desses registos, que levou os investigadores a concluir que a viagem do MH370 terminou no mar, a cerca de 1600 quilómetros da costa ocidental da Austrália.
Os cálculos efectuados pela Inmarsat a partir dos dados de satélite foram avaliados pelo Departamento de Aviação Civil da Malásia, bem como pelos organismos e autoridades nacionais de aviação dos Estados Unidos, Reino Unido e China: todos concluíram que a informação era credível.
Uma operação de busca internacional, liderada pela Austrália, continua a percorrer o oceano Índico diariamente, mas segundo avançava hoje a CNN, o trabalho do drone aquático norte-americano Bluefin-21 deverá chegar ao fim esta semana. A contratação de novos equipamentos submersíveis para a busca a grande profundidade poderá demorar cerca de dois meses, indicaram as autoridades australianas.
A área das buscas tem cerca de 60 mil quilómetros quadrados, e uma profundidade de 4.500 metros. Inclui uma zona onde foram detectados sinais acústicos que se supõe corresponderem aos localizadores da caixa negra do avião; no entanto, esses equipamentos nunca foram encontrados.