Itália: Matteo Renzi “esmaga” Beppe Grillo

Partido Democrático do primeiro-ministro italiano pode ultrapassar a fasquia dos 40% dos votos nestas eleições.

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O resultado de Renzi permite-lhe dar seguimento às reformas políticas e económicas em Itália AFP/CLAUDIO GIOVANNINI

A surpresa foi grande, pois todas as sondagens pré-eleitorais davam ao PD um vantagem entre cinco e dez pontos sobre Grillo. Também a Liga Norte (separatista) elege eurodeputados, com cerca de 6%. A lista Outra Europa (ou Lista Tsipras, esquerda eurocéptica) e o Novo Centro-Direita, de Angelino Alfano, que faz parte do governo, não estavam seguros de ultrapassar a barreira dos 4%.

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A surpresa foi grande, pois todas as sondagens pré-eleitorais davam ao PD um vantagem entre cinco e dez pontos sobre Grillo. Também a Liga Norte (separatista) elege eurodeputados, com cerca de 6%. A lista Outra Europa (ou Lista Tsipras, esquerda eurocéptica) e o Novo Centro-Direita, de Angelino Alfano, que faz parte do governo, não estavam seguros de ultrapassar a barreira dos 4%.

Este resultado, o melhor de sempre na história do partido, permite a Renzi prosseguir as reformas políticas, especialmente a do Senado, e as reformas económicas e laborais que estavam ameaçadas. Reforça a sua posição dentro do PD. Significa também a abertura de uma grande incógnita sobre a recomposição do quadro político italiano, dada a patente quebra do partido de Berlusconi e a marginalização dos pequenos partidos. Grillo posicionava-se para ser o chefe da oposição, mas o resultado obtido constitui uma pesada derrota.

“Tranquilizam-se os mercados.” Os analistas financeiros avisavam que uma vitória escassa de Renzi faria subir de novo os juros da dívida e anularia a recuperação já conseguida, o que poderia levar à paralisação ou à queda do governo. Poderia ainda reacender a crise do euro.