O Atlético de Madrid, que em 2010 venceu o Fulham (2-1) na primeira Liga Europa, no tempo de Simão, tem um registo bem melhor nos últimos anos. Ganhou mais três finais de clubes, com vitórias claras sobre o Athletic Bilbau (3-0), noutra Liga Europa, e Inter (2-0) e Chelsea (4-1) na Supertaça. A conquista da Liga espanhola deste ano desfez completamente a ideia de clube perdedor, a quem chamavam depreciativamente o “pupas”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Atlético de Madrid, que em 2010 venceu o Fulham (2-1) na primeira Liga Europa, no tempo de Simão, tem um registo bem melhor nos últimos anos. Ganhou mais três finais de clubes, com vitórias claras sobre o Athletic Bilbau (3-0), noutra Liga Europa, e Inter (2-0) e Chelsea (4-1) na Supertaça. A conquista da Liga espanhola deste ano desfez completamente a ideia de clube perdedor, a quem chamavam depreciativamente o “pupas”.
O conceito de sofredor e azarento que fez carreira já é antigo e se, na altura, vigorasse o sistema do golo fora o Atlético tinha evitado o jogo de desempate e a eliminação pelo Real Madrid em 1959. Em 1974, a um minuto do fim do prolongamento do jogo de Bruxelas, imaginando-se campeão europeu com o golo de Luís Aragonés, sofreu o empate do Bayern e, dois dias depois, terminou em drama a finalíssima, com goleada (4-0) e dois golos de Hoeness. Até numa final da Taça das Taças, em 1986, com o Dínamo de Kiev, foi pouco feliz e também capitulou (3-0).
Há vários portugueses ligados à história do Atlético. Nesta notável época, Tiago deu enorme contributo à equipa mas no passado Futre, Jorge Mendonça, que fez parte da equipa que ganhou a final da Taça das Taças em 1962, e Simão também festejaram triunfos.
A final do Estádio do Benfica é a quarta, num só jogo, que se realiza em Portugal. A primeira foi quase há 50 anos e os “Leões de Lisboa” do Celtic conquistaram a Taça dos Campeões Europeus, o que nenhuma equipa britânica tinha conseguido até então. Ainda hoje a romagem ao Estádio Nacional continua a fazer parte do roteiro dos adeptos do Celtic nas suas visitas a Lisboa e há mesmo quem venha cá festejar o dia 25 de Maio para cumprir um sonho de criança beijando a relva do Jamor.
A segunda final em Lisboa, menos gloriosa, já foi há 22 anos e teve uma desoladora moldura no Estádio do Benfica. O dinheiro das entradas não chegou para pagar as despesas. A UEFA estava à espera de grande afluência de adeptos portugueses mas o cartaz não era atractivo. O jogo foi fraco, o Werder Bremen ganhou então a Taça das Taças, derrotando o Mónaco de Arsène Wenger e Rui Barros, por 2-0, e o registo que ficou desse 6 de Maio de 1992 quase se limitou ao fiasco das bancadas quase vazias.
A terceira disputada num só jogo é de má memória para o Sporting, que em pleno Estádio de Alvalade perdeu uma ocasião soberana para conquistar a Taça UEFA. A 18 de Maio de 2005, os "leões", comandados por José Peseiro, foram surpreendidos pelo CSKA Moscovo, que acabou por fazer a festa em Lisboa, com um triunfo por 3-1.