A street art a caminho dos Açores
Uma galeria de arte a céu aberto é o que o festival Walk&Talk Azores tem vido a construir na ilha de S. Miguel, nos Açores, desde a sua primeira edição, em 2011. Na próxima encarnação do festival de arte de rua organizado pela associação cultural Anda&Fala, que acontece entre 18 de Julho e 3 de Agosto, o objectivo é acrescentar cerca de 20 obras de arte — graffiti e outras instalações artísticas — às 88 que já estão nas paredes, no chão e nos telhados desde os anos anteriores.
O Walk&Talk volta a juntar ao graffiti, que sempre associamos à street art, residências artísticas que vão além das artes plásticas e que envolvem música, dança, design e arquitectura. Dos mais de 60 criadores de diversas nacionalidades que já estão confirmados destacam-se os artistas plásticos portugueses João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, que estiveram na edição do ano passado e que têm sido “verdadeiros embaixadores do festival”, disse ao Ípsilon Jesse James, director criativo e fundador do Walk&Talk. Os dois artistas vão criar uma instalação na galeria do Walk&Talk e fazer a curadoria da abertura do festival.
Para além deles, Jesse James destaca a participação do brasileiro Marlon da Zambuja. “Ele tem um trabalho de escultura muito interessante, usando espaços delimitados na cidade e reinterpretando os seus padrões”, diz. Este tipo de trabalho reflecte a aposta da edição deste ano na arquitectura e na arquitectura performativa — um dos projectos é juntar arquitectos, alunos de arquitectura e a comunidade para identificar problemas na cidade e depois intervir para os resolver.
Aproximar a comunidade do festival é aliás um dos objectivos cada vez mais presentes no espírito do Walk&Talk: “Posso ter os melhores artistas, mas sem a validação da comunidade o Walk&Talk não faz sentido.” Esta relação está também no apoio aos mais jovens artistas residentes ou naturais dos Açores, que podem concorrer ao Open Call Jovens Criadores Walk&Talk. “Já tínhamos recebido novos criadores nas edições passadas, mas este ano com as bolsas e os projectos [previamente apresentados pelos jovens] há maior previsibilidade do que vai acontecer. A ideia é perceber que artistas açorianos há espalhados pelo mundo e saber o que andam a fazer”, explica Jesse James.
Outra das novidades deste ano está na aplicação gratuita para smartphone que o festival vai lançar em português e inglês, e que consiste num mapa com todas as intervenções das três edições anteriores do Walk&Talk, que se foram acumulando e mudando a forma como olhamos Ponta Delgada. A aplicação vai também indicar os locais onde havia intervenções artísticas que desapareceram por causa de obras, por exemplo — são cerca de três. Para todos os pontos identificados pela aplicação haverá informação sobre a obra e o autor.
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Uma galeria de arte a céu aberto é o que o festival Walk&Talk Azores tem vido a construir na ilha de S. Miguel, nos Açores, desde a sua primeira edição, em 2011. Na próxima encarnação do festival de arte de rua organizado pela associação cultural Anda&Fala, que acontece entre 18 de Julho e 3 de Agosto, o objectivo é acrescentar cerca de 20 obras de arte — graffiti e outras instalações artísticas — às 88 que já estão nas paredes, no chão e nos telhados desde os anos anteriores.
O Walk&Talk volta a juntar ao graffiti, que sempre associamos à street art, residências artísticas que vão além das artes plásticas e que envolvem música, dança, design e arquitectura. Dos mais de 60 criadores de diversas nacionalidades que já estão confirmados destacam-se os artistas plásticos portugueses João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, que estiveram na edição do ano passado e que têm sido “verdadeiros embaixadores do festival”, disse ao Ípsilon Jesse James, director criativo e fundador do Walk&Talk. Os dois artistas vão criar uma instalação na galeria do Walk&Talk e fazer a curadoria da abertura do festival.
Para além deles, Jesse James destaca a participação do brasileiro Marlon da Zambuja. “Ele tem um trabalho de escultura muito interessante, usando espaços delimitados na cidade e reinterpretando os seus padrões”, diz. Este tipo de trabalho reflecte a aposta da edição deste ano na arquitectura e na arquitectura performativa — um dos projectos é juntar arquitectos, alunos de arquitectura e a comunidade para identificar problemas na cidade e depois intervir para os resolver.
Aproximar a comunidade do festival é aliás um dos objectivos cada vez mais presentes no espírito do Walk&Talk: “Posso ter os melhores artistas, mas sem a validação da comunidade o Walk&Talk não faz sentido.” Esta relação está também no apoio aos mais jovens artistas residentes ou naturais dos Açores, que podem concorrer ao Open Call Jovens Criadores Walk&Talk. “Já tínhamos recebido novos criadores nas edições passadas, mas este ano com as bolsas e os projectos [previamente apresentados pelos jovens] há maior previsibilidade do que vai acontecer. A ideia é perceber que artistas açorianos há espalhados pelo mundo e saber o que andam a fazer”, explica Jesse James.
Outra das novidades deste ano está na aplicação gratuita para smartphone que o festival vai lançar em português e inglês, e que consiste num mapa com todas as intervenções das três edições anteriores do Walk&Talk, que se foram acumulando e mudando a forma como olhamos Ponta Delgada. A aplicação vai também indicar os locais onde havia intervenções artísticas que desapareceram por causa de obras, por exemplo — são cerca de três. Para todos os pontos identificados pela aplicação haverá informação sobre a obra e o autor.