Campeão francês atento ao mercado português
O Castres Olympique já iniciou contactos com alguns jogadores portugueses e há uma forte possibilidade de surgir uma parceria com um clube nacional
O Castres Olympique, actual campeão francês e finalista da presente edição do Top 14, está atento ao mercado português e nas próximas semanas pode avançar para contratação de jogadores de equipas nacionais.
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O Castres Olympique, actual campeão francês e finalista da presente edição do Top 14, está atento ao mercado português e nas próximas semanas pode avançar para contratação de jogadores de equipas nacionais.
Segundo o P3 Râguebi apurou junto de fonte próxima do clube francês, a recente transferência de Pedro Bettencourt para a Academia do ASM Clermont, uma das melhores a nível europeu, e o interesse do RC Toulon em Nuno Sousa Guedes despertou a cobiça da formação do Sul de França pelo mercado nacional.
Com os primeiros "alvos" definidos, o Castres já terá iniciado contactos com alguns jogadores portugueses e em cima da mesa está igualmente a possibilidade de surgir uma parceria com um clube da Divisão de Honra.
Esta súbita viragem para Portugal por parte dos principais clubes do Top 14 explica-se pelas recentes alterações na regras de composição dos planteis profissionais em França, que obrigaram a que a maioria dos principais clubes franceses alterasse o seu modelo de contratação.
Actualmente, as normas da Ligue Nationale de Rugby impõe que os planteis das equipas do Top 14 possam ter um máximo de 35 jogadores (atletas com contractos de formação não estão incluídos), sendo que obrigatoriamente 60% desses jogadores têm que ser JIFF (Joueur Issu des Filières de Formation).
De forma sucinta, para um atleta ter o estatuto JIFF tem que passar, entre os 16 e os 21 anos, por um período de três anos por um centro de formação de um clube profissional ou, em alternativa, terem sido licenciados por uma equipa inscrita na federação francesa durante cinco anos.
Embora o Hemisfério Sul continue a ser o alvo prioritário, a proximidade a Portugal, onde ainda prevalece um estatuto amador, torna o nosso país um mercado interessante para as equipas francesas que procuram jovens que possam, a médio prazo, entrar nos plantéis com a “quota JIFF”.