Historia da Minha Morte

Chefe de fila de um novo cinema catalão que se resolve numa postura “autorista” radical e asceta paredes-meias com o experimentalismo (mas no qual, por exemplo, Jaume Rosales já provou ser francamente mais interessante), Albert Serra propõe com História da Minha Morte uma espécie de “prova dos nove”, separando o trigo (os visionários que reconhecem no seu cinema um talento vanguardista) do joio (os perplexos que não conseguem vislumbrar aquilo que ali se passa).

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Chefe de fila de um novo cinema catalão que se resolve numa postura “autorista” radical e asceta paredes-meias com o experimentalismo (mas no qual, por exemplo, Jaume Rosales já provou ser francamente mais interessante), Albert Serra propõe com História da Minha Morte uma espécie de “prova dos nove”, separando o trigo (os visionários que reconhecem no seu cinema um talento vanguardista) do joio (os perplexos que não conseguem vislumbrar aquilo que ali se passa).


Colocando Casanova e Drácula (interpretados por actores não-profissionais) em órbitas paralelas num século XVIII estilizado, e filmando tudo em nocturnos sem iluminação paredes-meias com a invisibilidade, História da Minha Morte quer ser grande cinema povero mas não passa de uma salgalhada de ideias intrigantes (e algumas imagens belíssimas) derrotadas pela assunção de uma maçadora ortodoxia de arte e ensaio tingida de provocação snob.