Da Guarda ao Alentejo, hotéis quase esgotados por causa da final da Liga dos Campeões

Com os alojamentos em Lisboa esgotados, adeptos espanhóis procuram soluções em todo o país, com várias unidades a registarem procuras acima da média.

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O jogo está marcado para as 19h45 de sábado no Estádio da Luz FABRICE COFFRINI/AFP

Só na zona Centro a procura cresceu 30% para o que é normal para esta altura do ano, com a procura por parte sobretudo de turistas espanhóis a fazer-se sentir nas várias cidades por onde passam as auto-estradas A25 e A23, adiantou à TSF o presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado.

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Só na zona Centro a procura cresceu 30% para o que é normal para esta altura do ano, com a procura por parte sobretudo de turistas espanhóis a fazer-se sentir nas várias cidades por onde passam as auto-estradas A25 e A23, adiantou à TSF o presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado.

Guarda, Viseu e Coimbra são as zonas mais procuradas, segundo Pedro Machado, mas outras zonas como Leiria e Tomar também estão a registar procuras acima do esperado. Além disso, muitos dos turistas que vêm assistir à final entre o Real Madrid e o Atlético de Madrid vão acabar por ficar duas noites e não apenas uma.

No Alentejo a maior parte dos estabelecimentos já estão esgotados, mesmo tendo aumentado os preços para o que seria normal apenas em época alta. O presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, António Silva, também à TSF, explicou que “os hotéis não estão na ocupação total estão próximo disso e os preços até subiram um pouco”.

O evento vai atrair à capital portuguesa milhares de pessoas – entre elas os reis de Espanha – e vai exigir uma mega-operação de segurança, que envolve as várias forças policiais: PSP, GNR, Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, Polícia Marítima, e ainda a Autoridade Nacional de Protecção Civil. Nas estradas também haverá reforço do policiamento, com o objectivo de evitar que as claques dos dois clubes se encontrem.

António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, anunciou que o jogo seria transmitido em directo em ecrãs gigantes espalhados pela cidade, o que afinal ainda não é certo, já que a UEFA e a PSP terão desaconselhado a ideia, por razões de segurança.

Os dados surgem numa altura em que um estudo feito pelo Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM) estima que só a cidade de Lisboa acabe por facturar 46,3 milhões de euros ao receber a final da Liga dos Campeões no Estádio da Luz, que deverá ter um impacto económico global 409,8 milhões de euros. "A hotelaria é o sector que mais beneficiará directamente com a organização deste grande evento desportivo na capital portuguesa. De acordo com o estudo do IPAM, 54% do impacto gerado pela final da prova na cidade de Lisboa provem das 50 mil dormidas esperadas na cidade", lê-se numa nota do IPAM.

Os dados contabilizam várias áreas, desde as bilheteiras, prémios da UEFA, direitos televisivos, espectadores, padrões de despesa, organização ou impactos médios diários. O estudo explica que, do total, quase 30 milhões de euros vão para o clube vencedor, 21 milhões para o vencido, 154 milhões para o mercado espanhol e os restantes 159 milhões para o mercado global.