Caixa Geral de Depósitos regressou aos lucros no primeiro trimestre
Banco público fechou os primeiros três meses do ano com um resultado líquido de 22,4 milhões de euros
Num encontro com jornalistas, o presidente executivo (CEO) do banco público, José Matos, destacou o regresso do banco público aos lucros em consequência de quatro factores: continuação da melhoria da margem financeira (aumento de 32,9%); melhoria dos resultados operacionais (mais 108% ou mais 57,8% corrigido o efeito extraordinário decorrente da reposição dos subsidios de férias); melhoria dos resultados da actividade internacional (lucros de 22,7 milhões); contenção de custos (redução em 11,2%). O rácios de capital subiram para 11,9% (o recomendado pelo BdP é de 10%) e para 9,6% (a EBA recomenda 9%).
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Num encontro com jornalistas, o presidente executivo (CEO) do banco público, José Matos, destacou o regresso do banco público aos lucros em consequência de quatro factores: continuação da melhoria da margem financeira (aumento de 32,9%); melhoria dos resultados operacionais (mais 108% ou mais 57,8% corrigido o efeito extraordinário decorrente da reposição dos subsidios de férias); melhoria dos resultados da actividade internacional (lucros de 22,7 milhões); contenção de custos (redução em 11,2%). O rácios de capital subiram para 11,9% (o recomendado pelo BdP é de 10%) e para 9,6% (a EBA recomenda 9%).
O CEO realçou ainda o facto de a CGD ter cumprido “integralmente” a estratégia definida pela actual equipa de gestão, que elegeu como desígnio a aposta na actividade bancária pura e dura, uma orientação que consta também da carta de missão que lhe foi entregue pelo anterior ministro das Finanças, Vítor Gaspar. Os objectivos (limpeza do balanço, financiamento à economia e foco na actividade bancária, com venda de participações noutras áreas) foram tanbém incluidos no programa de ajustamento definido pela troika. Nos primeiros meses do ano sairam da Caixa 82 trabalhadores.
José Matos lembrou que o banco teria tido um lucro de 42,1 milhões de euros, caso não tivesse pago os juros do empréstimo estatal de CoCos. Evidenciou ainda que as contas do primeiro trimestre não reflectem a privatização da Caixa Seguros à Fosun, que só foi concretizada a 15 de Maio.
Em causa está a passagem de 80% (ou 85% ) da Caixa Seguros (Fidelidade, Multicare e Care) para o universo da Fosun por cerca 1,6 mil milhões de euros (ou 1,650 mil milhões se adquirir os 5% reservados aos trabalhadores), 400 milhões de euros a mais do que o anunciado na assinatura do acordo luso-chinês. Aos mil milhões de euros previstos e aos 209 milhões de dividendos garantidos, há que somar mais 364 milhões. Esta verba provêm sobretudo da valorização da carteira de activos das seguradoras, em particular, da componente de tíulos de divida pública nacional. Aliás, passaram para a posse da Fosun cerca de quatro mil milhões de euros de Obrigações do Tesouro nacionais, o que torna a China um dos maiores detentores de divida portuguesa.
A CGD considerou já o negócio de venda da Caixa Seguros um sucesso, pois reforçou o encaixe (a CGD garantiu que entre o momento do acordo e a formalização da transacção em caso de valorização das OT a Fosun pagaria o diferencial). Uma operação que terá impacto não só nos resultados do segundo trimestre, mas, sobretudo, no reforço dos rácios de capital.
Notícia actualizada às 20h37