Cidadãos por Lisboa criticam "falta de colaboração" do executivo de António Costa
Deputado municipal Miguel Graça fala num "problema institucional e político".
As queixas de Miguel Graça surgem na sequência da audição da vereadora de Economia e do vereador das Finanças e dos Recursos Humanos, que se realizou na passada sexta-feira em duas comissões da Assembleia Municipal. A presença de Graça Fonseca e Fernando Medina tinha sido requeria pelos deputados dos Cidadãos por Lisboa, do PS, do PSD e do Parque das Nações por Nós, dada o silêncio do município sobre um conjunto de informações e de documentos que este se tinha comprometido a apresentar no âmbito da descentralização.
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As queixas de Miguel Graça surgem na sequência da audição da vereadora de Economia e do vereador das Finanças e dos Recursos Humanos, que se realizou na passada sexta-feira em duas comissões da Assembleia Municipal. A presença de Graça Fonseca e Fernando Medina tinha sido requeria pelos deputados dos Cidadãos por Lisboa, do PS, do PSD e do Parque das Nações por Nós, dada o silêncio do município sobre um conjunto de informações e de documentos que este se tinha comprometido a apresentar no âmbito da descentralização.
“A reunião não correu bem. A vereadora Graça Fonseca não prestou nenhuma das informações que pedimos e o vereador Fernando Medina também se recusou a responder”, resumiu Miguel Graça ao PÚBLICO. “É algo complicado não termos resposta, sendo a Assembleia Municipal o órgão ao qual compete fiscalizar a acção da câmara”, diz o deputado, acusando o executivo presidido por António Costa de “falta de colaboração”.
Face àquilo que considera ser “um problema institucional primeiro e político a seguir”, Miguel Graça revelou que vai pedir que seja agendada uma reunião entre todos os eleitos dos Cidadãos por Lisboa, quer na câmara, quer na assembleia, para discutir esta questão. Lembrando que o movimento que integra tem um acordo coligatório com o PS, o deputado independente admite que o passo seguinte possa ser a realização de um encontro com representantes deste partido.
Esta não é a primeira ocasião neste mandato em que o movimento encabeçado por Helena Roseta dirige críticas à equipa de António Costa: no início de Abril, a actual presidente da Assembleia Municipal proferiu duras declarações nas quais exigiu à câmara, a propósito do processo da Colina de Santana, que actuasse “de forma clara, com lealdade e com transparência”.
Também o líder do PSD na Assembleia Municipal entende que a audição da passada sexta-feira “não correu bem”. “Não responderam às perguntas que fizemos nem houve grande esclarecimento acerca de como a descentralização de competências está a correr”, afirma Sérgio Azevedo, acrescentando que a possibilidade de participarem nesse processo está a ser “sonegada” aos deputados municipais.
Diferente é a leitura de Sofia Oliveira Dias, que considera que a audição “correu bem”. Admitindo que “há uma série de elementos de que a Assembleia Municipal continua a precisar para poder monitorizar a reforma administrativa”, a deputada socialista diz acreditar que a câmara tem uma atitude “colaborante” e irá disponibilizá-los no primeiro relatório trimestral sobre a descentralização de competências.