Ministro garante que não haverá despedimentos com união de centros de emprego e Segurança Social
Mota Soares sublinhou que, segundo dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional, número de casais desempregados baixou.
“Não há despedimentos porque não há fusão de serviços, o que nós queremos efectivamente fazer é, no mesmo espaço, poder juntar serviços”, afirmou o ministro. Confirmando a notícia avançada pelo PÚBLICO, acrescentou ainda que o que se pretende é “dar um serviço de maior qualidade e proximidade aos cidadãos”.
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“Não há despedimentos porque não há fusão de serviços, o que nós queremos efectivamente fazer é, no mesmo espaço, poder juntar serviços”, afirmou o ministro. Confirmando a notícia avançada pelo PÚBLICO, acrescentou ainda que o que se pretende é “dar um serviço de maior qualidade e proximidade aos cidadãos”.
"Nós não queremos encerrar serviços que são muito importantes para os cidadãos, queremos juntar no mesmo espaço a prestação de serviços que são fundamentais para os portugueses", afirmou. A medida gerou alguma apreensão junto dos trabalhadores do IEFP e do Instituto de Segurança Social (ISS), mas Mota Soares explicou que a “preocupação é servir melhor os portugueses, nomeadamente os estão numa situação muito difícil porque se encontram em situação de desemprego”: “Nós sabemos que hoje um desempregado tem de ir aos serviços do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), depois tem de se deslocar aos serviços da Segurança Social, e se nós, em muitos sítios do país, conseguimos ter um espaço único em que, ao mesmo tempo, um português desempregado consegue inscrever-se num instituto de emprego, fazer acções de formação, tentar encontrar um posto de trabalho, e ao mesmo tempo poder inscrever-se na Segurança Social, estará certamente a ser servido com muito maior qualidade”, defendeu, acrescentando que o “outro ganho” é a “poupança”.
O ministro esclareceu que “os funcionários da Segurança Social não podem fazer funções na área do emprego nem os da área do emprego podem certamente fazer funções na segurança social” e que, por isso, as poupanças serão conseguidas libertando “se calhar 35 espaços” em todo o país e deixando de pagar essas rendas. “É isso que estamos neste momento a estudar e é nessa linha que queremos trabalhar, mas não há ainda decisões formais tomadas”, frisou, explicando que o que está a ser estudado é haver “serviços diferentes a serem prestados no mesmo espaço” e que não se trata de fundir “serviços que são na sua natureza diferentes”.
Questionado sobre se o Governo já tinha feito as contas sobre quanto poderia poupar com a medida, Mota Soares disse apenas que ainda se está a “quantificar toda esta matéria”: “Estamos a trabalhar nesse sentido, mas queria dizer que não é algo que esteja a surgir agora. Por exemplo, só na cidade de Lisboa, com a rentabilização de muitos espaços que tínhamos na área do emprego e na área da Segurança Social, conseguimos poupanças superiores a um milhão de euros por ano”, acrescentou.
Menos casais desempregados
O ministro aproveitou ainda para sublinhar que foram publicados nesta terça-feira os indicadores relativos ao clima económico: “Em Março deste ano o clima económico melhorou para níveis que não estávamos habituados a ver já há cerca de quatro anos”, disse. Sobre os dados do desemprego registados no IEFP no mês de Abril, realçou que “há uma diminuição de cerca de 60.500 desempregados face ao mês anterior”.
Mota Soares acrescentou ainda que em Lisboa e no Algarve o desemprego diminuiu para “níveis inferiores aos níveis de 2012”: “Por exemplo, na região do Algarve os dados do desemprego registados no IEFP estão 10% abaixo do que estavam em 2012”, disse.
Outro dado salientando pelo governante foi o facto de o número de casais desempregados ter vindo a baixar. De acordo com os dados publicados, o número de casais em que ambos os cônjuges estão desempregados era em Janeiro deste ano 13.250, tendo vindo a descer desde então. Em Abril, estavam contabilizados 12.365 casos. “Sabemos que com um desemprego que já desceu em Portugal cerca de 2,4 pontos percentuais nos últimos doze meses, ainda temos muito trabalho pela frente”, admitiu.