Rangel acusa Seguro de esconder as "contas" das propostas

Cabeça de lista da Aliança Portugal diz, em Viseu, que programa do PS são "promessas" em que não se diz quanto custam ou como se vão pagar.

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Rangel insiste em trazer Sócrates para a campanha Miguel Nogueira

Num jantar com apoiantes no centro de exposições em Viseu, Paulo Rangel começou por dizer que o programa do PS consiste apenas em “promessas”. “São 80, não quantificam uma, não apresentam as contas, não dizem como vão pagar as propostas”, afirmou, acrescentando que “isto não tem surpresa nenhuma”.

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Num jantar com apoiantes no centro de exposições em Viseu, Paulo Rangel começou por dizer que o programa do PS consiste apenas em “promessas”. “São 80, não quantificam uma, não apresentam as contas, não dizem como vão pagar as propostas”, afirmou, acrescentando que “isto não tem surpresa nenhuma”.

O número um da Aliança Portugal lembrou depois as declarações do ex-primeiro-ministro José Sócrates quando disse a dívida não era para se pagar mas sim para se gerir. “Ele geriu as dívidas e nós ficámos três anos a pagá-las”, afirmou, fazendo o paralelo com  a apresentação das 80 propostas socialistas: “Seguro fez isso ao melhor estilo socrático, eles apresentam a conta e fazem-nos pagar”.

Na intervenção antes do jantar, Paulo Rangel justificou a razão de tanto falar em Sócrates na campanha: “Não digam que falar de Sócrates não é falar de Europa, ele contribuiu para fragilizar a nossa posição na Europa”.

No momento em que apela ao voto – “saiam de casa e ponham a cruzinha na Aliança Portugal” – Rangel reconhece haver “desalento”. Mas Nuno Melo, o número um pelo CDS, aludiu a um outro espírito que disse reconhecer agora na campanha: “Filmem e mostrem a Portugal. Esta campanha vem em crescendo, esta onda está a virar”.

A mesma nota foi deixada por Marco António Costa, coordenador da comissão permanente do PSD. “Diziam que era uma campanha de pequenos encontros. Cá está o povo a apoiar a vossa candidatura”, afirmou, elegendo de seguida o “maior adversário, a abstenção”. “É uma doença silenciosa que mata a democracia”, afirmou. 

O “despesismo socialista” nas Parcerias Público-Privadas e nos estádios de futebol tem sido a tónica dos discursos dos candidatos da coligação. Mas Fernando Ruas, número dois da lista e antigo presidente da câmara de Viseu, deixou um aviso: “Não somos contra as auto-estradas”. E lamentou até que uma das vias rápidas na região (Viseu-Coimbra) não tivesse sido concretizada.