Duarte Lima responde hoje a 46 perguntas sobre homicídio de Rosalina Ribeiro

Interrogatório acontece no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa a pedido das autoridades brasileiras, no âmbito do processo de homicídio de Rosalina Ribeiro.

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Duarte Lima foi acusado pelo Ministério Público brasileiro pelo homicídio de Rosalina Ribeiro Enric Vives-Rubio

O ex-deputado, acusado de ter assassinado Rosalina Ribeiro, vai responder à segunda carta rogatória das autoridades brasileiras, com 46 perguntas, entre as quais se matou a ex-companheira do milionário Tomé Feiteira "por causa de cinco milhões de euros".

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O ex-deputado, acusado de ter assassinado Rosalina Ribeiro, vai responder à segunda carta rogatória das autoridades brasileiras, com 46 perguntas, entre as quais se matou a ex-companheira do milionário Tomé Feiteira "por causa de cinco milhões de euros".

Duarte Lima será igualmente questionado por que motivo ligou para uma loja de armas de Belo Horizonte e a razão por que viajou para aquela cidade do estado de Minas Gerais e alugou depois um carro para se deslocar para o Rio de Janeiro, onde residia Rosalina Ribeiro.

O antigo líder parlamentar do PSD terá ainda de responder à pergunta: quantas vezes pediu a Rosalina Ribeiro que assinasse documentação, "isentando-o de qualquer responsabilidade em relação aos valores transferidos para a conta bancária" do advogado.

A inquirição por um juiz de instrução está programada para ter início às 14h00, no 5.º Juízo.

Duarte Lima foi acusado pelo Ministério Público brasileiro pelo homicídio de Rosalina Ribeiro, morta em Dezembro de 2009, em Saquarema, nos arredores do Rio de Janeiro. No final de Fevereiro, o Supremo Tribunal Federal brasileiro negou o recurso de habeas corpus pedido por Duarte Lima para tentar invalidar um mandado de captura emitido pelas autoridades brasileiras que está pendente contra o ex-líder parlamentar do PSD.

O antigo líder era o advogado de Rosalina Ribeiro num processo relacionado com o desvio parcial da herança milionária do português Lúcio Feteira, falecido em 2000, interposto pelos restantes herdeiros, incluindo a filha do milionário, Olímpia Feteira.

Rosalina Ribeiro morava no Rio de Janeiro e foi encontrada morta com dois tiros em Saquarema, tendo o seu corpo permanecido no Instituto de Medicina Legal de Cabo Frio durante doze dias até ser reconhecido por amigos.

Naquela altura, em comunicado, Duarte Lima disse que enviou, por moto próprio, "uma comunicação escrita às autoridades brasileiras, dando nota detalhada do encontro" que teve com Rosalina Ribeiro antes do desaparecimento da companheira de Lúcio Feiteira.