Foto de assessor de Erdogan a pontapear manifestante choca a Turquia

Reacção da comitiva do primeiro-ministro turco aos protestos na cidade mineira de Soma causa polémica.

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Ele agrediu-me e insultou-me, tal como ao primeiro-ministro. Devia eu ficar silencioso?", justificou o assessor Mehmet Emin Al/REUTERS

As imagens de Yusef Yerkel, apanhadas sob diversos ângulos pelos fotógrafos, foram partilhadas vezes incontáveis nas redes sociais. Yerkel reconheceu que era ele, e prometeu que daria explicações. O primeiro-ministro, Recep Tayyop Erdogan, marcou a sua distância – afirmou que se tratava de um problema do seu assessor.

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As imagens de Yusef Yerkel, apanhadas sob diversos ângulos pelos fotógrafos, foram partilhadas vezes incontáveis nas redes sociais. Yerkel reconheceu que era ele, e prometeu que daria explicações. O primeiro-ministro, Recep Tayyop Erdogan, marcou a sua distância – afirmou que se tratava de um problema do seu assessor.

A ida de Erdogan a Soma correu bastante mal. O primeiro-ministro foi obrigado a refugiar-se num supermercado para se refugiar da fúria dos manifestantes, que pontapearam o seu carro, depois de ter dito que acidentes e mortes em minas “são acontecimentos vulgares”, e ter enumerado todas as catástrofes mineiras no mundo desde o século XIX, procurando mostrar que Soma era apenas mais uma.

No Twitter, que Erdogan detesta, e no YouTube, que continua a ser de acesso proibido na Turquia, fervilharam as fotos e os vídeos relativos a este incidente.

“Ele agrediu-me e insultou-me, tal como ao primeiro-ministro. Devia eu ficar silencioso?”, disse Yusef Yerkel, numa curta declaração citada pelo jornal Hürriyet.

No Facebook circula um vídeo em que se vê o primeiro-ministro, conhecido pelos seus ataques de cólera, enfurecer-se contra alguém, no meio da confusão, diz a AFP. Os sites da oposição fizeram circular a história de que Erdogan teria dado uma bofetada a uma rapariga que lhe chamou “assassino” em Soma – mas logo a seguir a história mudou, e o que se diz é que tinha agarrado um mineiro pelo pescoço. Ou, mais recentemente, surgiu um homem que diz ter sido esbofeteado “sem querer” pelo primeiro-ministro” quando estava a ser arrastado pelos seguranças para dentro do supermercado, ao mesmo tempo que gritava aos manifestantes “venham cá apupar-me à minha frente”, relata a versão em inglês do jornal Hürriyet.

A verdade é que nenhuma destas histórias tem qualquer confirmação, ao contrário da do seu assessor.