A Grande Mancha Vermelha de Júpiter está a encolher

Tempestade gigantesca está a perder mil quilómetros de diâmetro por ano.

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A evolução da mancha vermelha ao longo do tempo NASA, ESA e A. Simon

A Grande Mancha Vermelha é uma violenta tempestade, que segundo estimativas do final do século XIX atingia então cerca de 40.000 quilómetros de diâmetro – o que era suficiente para caberem lá dentro, lado a lado, três Terras.

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A Grande Mancha Vermelha é uma violenta tempestade, que segundo estimativas do final do século XIX atingia então cerca de 40.000 quilómetros de diâmetro – o que era suficiente para caberem lá dentro, lado a lado, três Terras.

A tempestade, que é a maior do nosso sistema solar, manifesta-se mais ou menos como uma circunferência, que é avermelhada e rodeada por camadas amarelo-claras, cor de laranja e brancas. Os ventos no seu interior atingem várias centenas de quilómetros por hora, referem os astrónomos da agência espacial norte-americana NASA.

Na altura da passagem das duas sondas Voyager por Júpiter, em 1979 e  1980, a dimensão da Grande Mancha Vermelha já tinha passado para 22.500 quilómetros de diâmetro.

Agora, novas imagens tiradas pelo telescópio Hubble, em órbita da Terra, mostram que a mancha nunca esteve tão pequena como actualmente, medindo apenas 16.100 quilómetros de diâmetro. Também está mais circular. Por enquanto, os cientistas não sabem dizer por que razão a Grande Mancha Vermelha está a encolher cerca de mil quilómetros por ano.