Universidades assinaram protocolo para leccionar temas de responsabilidade social
Protecção ambiental, negócio ético, redução do consumo de bens escassos e voluntariado corporativo vão integrar os programas curriculares de dez universidades que assinaram nesta sexta-feira com uma associação empresarial um protocolo para promover a responsabilidade social entre os universitários.
O GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial e nove instituições de ensino superior - ISCSP-UL, ISCTE-IUL, ISEG-UL, Universidade de Aveiro, Universidade Católica, Universidade de Évora, Universidade Europeia, Universidade Nova de Lisboa e Porto Business School-UP – assinaram nesta sexta-feira o protocolo denominado Uni.Network, que, entre outros objectivos, pretende integrar estes temas nos currículos das licenciaturas, mestrados e pós-graduações.
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O GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial e nove instituições de ensino superior - ISCSP-UL, ISCTE-IUL, ISEG-UL, Universidade de Aveiro, Universidade Católica, Universidade de Évora, Universidade Europeia, Universidade Nova de Lisboa e Porto Business School-UP – assinaram nesta sexta-feira o protocolo denominado Uni.Network, que, entre outros objectivos, pretende integrar estes temas nos currículos das licenciaturas, mestrados e pós-graduações.
“Todos nós sabemos que é preciso mudar o paradigma do funcionamento das empresas. Não há melhor maneira do que ensinar a ser diferente”, defendeu a presidente do GRACE, Paula Guimarães, à saída da cerimónia de assinatura do acordo.
A responsável referiu que a maior parte das 150 empresas associadas do GRACE “está interessada em passar uma mensagem de responsabilidade social”.
“Precisamos de formar novos colaboradores e novos líderes com uma outra filosofia, com uma outra capacidade de entender as empresas como cidadãs, e com uma capacidade de fazer diferente no envolvimento da comunidade e na protecção ambiental. Temos que começar quando os alunos ainda estão no processo de aprendizagem”, declarou Paula Guimarães.
O ministro da Educação, Nuno Crato, presente no encerramento da cerimónia, defendeu que este é “um projecto muito importante”, do qual espera mudanças nos alunos.
“As mentalidades mudam, as experiências dos estudantes mudam, os estudantes começam desde o início a perceber o que é a responsabilidade social das empresas, a perceber o que é a ligação do mundo empresarial à sociedade, e isso é de uma extrema importância”, afirmou o ministro.
O protocolo prevê que, através da denominada ‘Academia GRACE’, os alunos possam submeter trabalhos dedicados ao tema da responsabilidade social corporativa a um concurso, sendo posteriormente avaliados por um júri e, caso estejam entre os melhores trabalhos, ver-lhes atribuído um estágio de verão numa das empresas associadas do GRACE.
As empresas serão ainda convidadas a estar presentes nas universidades, para ‘workshops’ e presenças em sala de aula, onde se espera que passem aos estudantes informação sobre o que deles é esperado em ambiente profissional “numa ótica de responsabilidade social corporativa”.
O protocolo quer ainda consciencializar os alunos para a importância do voluntariado e das “competências que a prática do voluntariado desenvolve”, assim como “contribuir para aumentar a prática do voluntariado entre a comunidade estudantil”.
O GRACE apresenta-se como um grupo de empresas, maioritariamente multinacionais, fundado em 2000, “que tinham como denominador comum o interesse em aprofundar o papel do sector empresarial no desenvolvimento social”.