Moody's sobe rating português e admite nova revisão em alta

Agência justifica melhoria com cumprimento, por parte de Portugal, das metas fiscais e orçamentais.

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Agência norte-americana inicia processo de reevisão em alta da notação de risco do país. Reuters

A revisão da Moody’s acontece no mesmo dia em que a Standard & Poor’s melhorou a perspectiva da notação financeira da dívida soberana do país, que actualmente está “negativa”, o que é meio caminho para uma futura melhoria da avaliação do risco de Portugal.

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A revisão da Moody’s acontece no mesmo dia em que a Standard & Poor’s melhorou a perspectiva da notação financeira da dívida soberana do país, que actualmente está “negativa”, o que é meio caminho para uma futura melhoria da avaliação do risco de Portugal.

A Moody’s justifica a melhoria do rating de longo prazo com vários factores, nomeadamente a situação fiscal e orçamental, que “melhorou mais rapidamente do que o inicialmente previsto”.

O relatório, tornado público ao início da noite, destaca que “o défice orçamental no ano passado foi reduzido em um ponto percentual do PIB, acima do que estava inicialmente previsto”. O país fechou 2013 com um défice de 4,9% do PIB, o que, para a instituição, revela “o forte compromisso do Governo na consolidação fiscal”.

A agência de notação financeira destaca ainda o facto de o país concluir em breve o programa de assistência financeira “sem necessidade de linha de crédito cautelar por parte do Mecanismo Europeu de Estabilidade”.

A Moody’s, que das três agências internacionais que avaliam a dívida portuguesa era a que tinha a classificação mais baixa, adianta que “Portugal recuperou o acesso aos mercados de dívida pública e, além disso, o Governo tem construído buffers [almofadas, planos alternativos] de tesouraria consideráveis”.

Para a agência, a melhoria também se justifica pela estimativa de que “o rácio da dívida pública face ao PIB começará a descer este ano, apesar partir de um nível muito elevado”.

A recuperação económica de Portugal “está a ganhar força”, e  será sustentado a médio prazo, reforça a Moodys, que se mostra optimista no crescimento das exportações.

Nas estimativas da agência, a melhoria também se justifica pela estimativa de que “o rácio da dívida pública face ao PIB começará a descer este ano, apesar de partir de um nível muito elevado”.

A agência deixou o rating em “upgrade”, o que significa a possibilidade de melhoria no curto prazo. fica a faltar a decisão da Fitch, que também mantém a avaliação nacional em lixo, e que tem dados sinais de avaliação positiva do percurso do país.