Autoridades fazem derrocadas controladas em Albufeira a dez dias da época balnear
No final de Março, uma operação semelhante já tinha sido realizada em arribas da Praia da Luz e Porto de Mós, em Lagos.
A operação, iniciada nesta quarta-feira, visa "acabar o que a natureza não acabou, para bem do homem", explicou à Lusa o director regional da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), sublinhando que, em ambas as praias, as arribas "ficaram com sintomas de instabilidade" na sequência de desmoronamentos naturais incompletos ocorridos em Abril.
Entre Julho de 2013 e Maio de 2014, registaram-se no litoral algarvio 14 derrocadas - ligeiramente acima da média anual de 12, das quais, quatro estão associadas à tempestade Hércules, em Janeiro, tendo, em Abril, ocorrido uma na praia de Santa Eulália e duas na praia Maria Luísa, onde em Agosto de 2009 o colapso de um rochedo matou cinco pessoas.
"Ambos os desmoronamentos, que vamos terminar, ocorreram em Abril, exactamente no início das férias da Páscoa, dois dias depois de uma tempestade e que felizmente não causaram vítimas", afirmou aquele responsável, sublinhando que os desmoronamentos ocorreram em zonas sinalizadas.
Paralelamente às operações de saneamento das arribas, a Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve tem vindo a fornecer novas placas de sinalização informativa do risco das arribas aos municípios, que as colocarão nos diversos acessos às praias.
"Estamos a reforçar, manter e substituir a sinalização que existia em todos os acessos da praia e que estavam vandalizadas, degradadas ou partidas", sublinhou Sebastião Teixeira, observando que é essencial que os utentes da praia saibam quais são as zonas de risco de modo a poderem evitá-las.
De acordo com o director regional da APA, não há, para já, mais nenhuma operação de saneamento programada para o litoral algarvio, o que não significa que "não possam vir a acontecer casos em que se verifique um agravamento da instabilidade das arribas em qualquer local".
Prevenir utilização por banhistas
O material resultante da queda controlada de blocos instáveis é acondicionado na base das arribas, para protegê-la temporariamente e também prevenir que a área seja utilizada por banhistas, acrescentou. As autoridades têm, até esta quinta-feira, para concluir as intervenções nas praias de Santa Eulália e Maria Luísa, devido às dificuldades de acesso da máquina retroescavadora, que terá que passar de uma praia para a outra durante a maré baixa.
No final de Março, a APA já tinha realizado uma operação de saneamento em arribas da Praia da Luz e Porto de Mós, em Lagos, uma acção extraordinária justificada pela aproximação do período de Páscoa, altura em que há mais turistas.
O acidente na praia Maria Luísa foi o mais grave registado no litoral, em consequência da geodinâmica das arribas, em mais de vinte anos, embora tenha havido pelo menos mais dois acidentes semelhantes, também em Albufeira.
Em 1998 um pescador morreu quando se encontrava na crista de uma arriba na praia do Castelo e em 2000 três pessoas ficaram feridas sem gravidade quando estavam na base de uma arriba na praia do Inatel. Nas três situações existiam, no local, placas a alertar para o perigo de desmoronamento das arribas. As faixas de risco no areal são calculadas a partir de uma largura equivalente a 1,5 vezes a altura da arriba.
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A operação, iniciada nesta quarta-feira, visa "acabar o que a natureza não acabou, para bem do homem", explicou à Lusa o director regional da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), sublinhando que, em ambas as praias, as arribas "ficaram com sintomas de instabilidade" na sequência de desmoronamentos naturais incompletos ocorridos em Abril.
Entre Julho de 2013 e Maio de 2014, registaram-se no litoral algarvio 14 derrocadas - ligeiramente acima da média anual de 12, das quais, quatro estão associadas à tempestade Hércules, em Janeiro, tendo, em Abril, ocorrido uma na praia de Santa Eulália e duas na praia Maria Luísa, onde em Agosto de 2009 o colapso de um rochedo matou cinco pessoas.
"Ambos os desmoronamentos, que vamos terminar, ocorreram em Abril, exactamente no início das férias da Páscoa, dois dias depois de uma tempestade e que felizmente não causaram vítimas", afirmou aquele responsável, sublinhando que os desmoronamentos ocorreram em zonas sinalizadas.
Paralelamente às operações de saneamento das arribas, a Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve tem vindo a fornecer novas placas de sinalização informativa do risco das arribas aos municípios, que as colocarão nos diversos acessos às praias.
"Estamos a reforçar, manter e substituir a sinalização que existia em todos os acessos da praia e que estavam vandalizadas, degradadas ou partidas", sublinhou Sebastião Teixeira, observando que é essencial que os utentes da praia saibam quais são as zonas de risco de modo a poderem evitá-las.
De acordo com o director regional da APA, não há, para já, mais nenhuma operação de saneamento programada para o litoral algarvio, o que não significa que "não possam vir a acontecer casos em que se verifique um agravamento da instabilidade das arribas em qualquer local".
Prevenir utilização por banhistas
O material resultante da queda controlada de blocos instáveis é acondicionado na base das arribas, para protegê-la temporariamente e também prevenir que a área seja utilizada por banhistas, acrescentou. As autoridades têm, até esta quinta-feira, para concluir as intervenções nas praias de Santa Eulália e Maria Luísa, devido às dificuldades de acesso da máquina retroescavadora, que terá que passar de uma praia para a outra durante a maré baixa.
No final de Março, a APA já tinha realizado uma operação de saneamento em arribas da Praia da Luz e Porto de Mós, em Lagos, uma acção extraordinária justificada pela aproximação do período de Páscoa, altura em que há mais turistas.
O acidente na praia Maria Luísa foi o mais grave registado no litoral, em consequência da geodinâmica das arribas, em mais de vinte anos, embora tenha havido pelo menos mais dois acidentes semelhantes, também em Albufeira.
Em 1998 um pescador morreu quando se encontrava na crista de uma arriba na praia do Castelo e em 2000 três pessoas ficaram feridas sem gravidade quando estavam na base de uma arriba na praia do Inatel. Nas três situações existiam, no local, placas a alertar para o perigo de desmoronamento das arribas. As faixas de risco no areal são calculadas a partir de uma largura equivalente a 1,5 vezes a altura da arriba.