Seguro diz que há sintonia para a mutualização das dívidas soberanas
"Nós - todos os socialistas, sociais-democratas e trabalhistas europeus - apresentamos com clareza um programa político, um manifesto, onde o instrumento da mutualização [da dívida soberana] lá está concretizado", disse António José Seguro, acompanhado por Martin Schulz, que identificou com "um amigo de Portugal".
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
"Nós - todos os socialistas, sociais-democratas e trabalhistas europeus - apresentamos com clareza um programa político, um manifesto, onde o instrumento da mutualização [da dívida soberana] lá está concretizado", disse António José Seguro, acompanhado por Martin Schulz, que identificou com "um amigo de Portugal".
Admitindo a possibilidade de surgirem eventuais divergências programáticas com o candidato alemão, António José Seguro garantiu que daí não adviria nenhum problema para a União Europeia e que não deixaria de defender os interesses de Portugal. "Se tiver divergências no seio da família socialista europeia, eu não recuarei. Bem pelo contrário, afirmarei e lutarei sempre na procura das melhores soluções", assegurou o líder socialista.
"No que diz respeito à mutualização [parcial] da dívida, é muito simples: a Europa tem um problema para o qual necessita de uma resposta comum. Eu não encontro melhor solução do que a criação do Fundo de Redenção", acrescentou.
António José Seguro, que falava aos jornalistas após uma visita à Caritas Diocesana de Setúbal, com Martin Schulz e Francisco Assis no âmbito de uma acção de pré-campanha das eleições para o Parlamento Europeu, admitiu que se trata de um objectivo difícil de alcançar, porque neste momento há uma maioria que é contra, mas defendeu que os dirigentes do país devem lutar pela concretização desta solução.
"A nossa responsabilidade e a nossa tarefa é transformar a realidade, melhorá-la, mudá-la. E lutar para que esse instrumento possa ser adoptado, de modo a que possamos aliviar os sacrifícios dos portugueses", disse. "Entre nós e Martin Schulz há uma convergência em relação àquilo que devem ser as respostas da Europa. E nós estamos aqui para significar o apoio a Martin Schulz a presidente da Comissão Europeia", frisou.
António José Seguro salientou ainda o empenhamento do PS nas eleições para o Parlamento Europeu referindo-se ao cabeça de lista socialista, Francisco Assis, como "um dos melhores dirigentes políticos do país (...), uma pessoa de enormes qualidades, grandes competências e grande convicção".