Portas só fala dos temas quentes da política nacional em Conselho de Ministros
Vice-primeiro-ministro foi à Ovibeja, onde classificou o Alqueva como "a Autoeuropa da agricultura".
Peremptório, insistiu em falar apenas de questões relacionadas com o sector agrícola, ligando a sua posição ao facto de se encontrar na Ovibeja.
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Peremptório, insistiu em falar apenas de questões relacionadas com o sector agrícola, ligando a sua posição ao facto de se encontrar na Ovibeja.
E, munindo-se de um pequeno bloco de notas, começou por realçar o que considerou um dos grandes méritos da sua política, anunciando depois um dos sinais da retoma económica nacional. Em “cada quatro investidores estrangeiros que revelam interesse em investir em Portugal, um vai para o Alqueva, a Autoeuropa da agricultura”, sublinhou Portas.
“[Também] porque fomos capazes de aplicar bem [as verbas da Política Agrícola Comum].” Portugal tem uma taxa de execução do Plano de Desenvolvimento Regional de 84%, um valor quatro pontos acima da média europeia. “Conseguimos antecipar fundos comunitários que não pesam sobre o Orçamento português.” Portas referia-se à decisão da Comissão Europeia de aprovar a transição de um quadro comunitário para outro sem que haja interrupção no processo de candidaturas. “É a diferença entre a liderança de Assunção Cristas e de Jaime Silva”, vincou.
Na partilha do mérito, o vice primeiro-ministro destacou a sua própria contribuição para o aumento das exportações de produtos agrícolas em cerca de 20%. “Tenho feito tudo pelas frutas, o azeite, o vinho”, disse, frisando que conseguiu interessar pelos produtos portugueses “mais de 70 novos mercados para mais de 120 novos produtos”.
“Quando estou a vender produtos portugueses no estrangeiro, sinto-me como o Oliveira da Figueira [um personagem das aventuras de Tintim]”, referiu Paulo Portas. A banda desenhada do belga Hergé apresenta-o como um comerciante que vende as suas mercadorias composta de objectos inúteis aos beduínos em pleno deserto.
Portas comentou ainda o falecimento de Veiga Simão, que fez faz parte de uma geração que pugnou “por uma transição para um regime democrático”, a opção de que o país “mais precisava”, comparando-a com a acção revolucionária resultante do 25 de Abril que “deixou muitas sequelas”.
Notícia da Lusa substituída às 15h12