Milhares de adeptos da F1 assinalam os 20 anos da morte de Senna em Imola
Em 1 de Maio de 1994, o piloto que liderava então o Grande Prémio de San Marino despistou-se a mais de 300 quilómetros hora.
No circuito Enzo e Dino Ferrari circularam dezenas de carros, num dia em que estão previstas algumas cerimónias no âmbito das duas décadas que passaram desde a morte do piloto brasileiro, um dos mais carismáticos na modalidade.
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No circuito Enzo e Dino Ferrari circularam dezenas de carros, num dia em que estão previstas algumas cerimónias no âmbito das duas décadas que passaram desde a morte do piloto brasileiro, um dos mais carismáticos na modalidade.
Ainda esta quinta-feira, são esperados em Imola os pilotos Fernando Alonso e Kimi Raikkonen para uma cerimónia que assinalará a memória de Senna, depois de, na quarta-feira, ter-se realizado um serviço memorial na curva de Tamburello, na qual Senna se despistou.
Em 1 de Maio de 1994, o piloto, que liderava então o Grande Prémio de San Marino, despistou-se a mais de 300 quilómetros hora, embatendo com o seu monolugar com violência num muro de betão. Horas depois, às 18h40 locais, Senna foi declarado morto.
“Os nossos corações afundaram-se quando nos deram a notícia”, sublinhou esta quinta-feira o italiano Marco, de 31 anos, e que estava em Imola em 1994, então um jovem rapaz de 11 anos.
Em Imola, esteve também esta quinta-feira a brasileira Daniela, de 39 anos, lembrando Senna: “O que me move em relação a ele era a sua humildade, o enorme carisma. Está nos nossos corações, como se fosse da família”.
Nos 20 anos da sua morte, o piloto tem sido lembrando um pouco por todo o lado e também Lewis Hamilton ou Fernando Alonso se associaram à sua memória.
“Ele [Senna] era uma lenda incrível. Gostamos de pensar que um dia seremos reconhecidos como alguém que seria capaz de guiar como ele o fazia”, justificou o britânico.
Já Alonso revelou que em criança tinha fotografias de Ayrton Senna no seu quarto.
“Nos meus tempos de escola não tinha fotografias de raparigas, claro que era muito novo para isso, mas tinha o Ayrton no meu quarto”, confessou o piloto espanhol.
A irmã de Ayrton Senna, Viviane, também disse que o legado do piloto mantém-se vivo, nomeadamente através da Fundação que ela dirige e que serve para ajudar a criar oportunidades para as crianças.
“O Ayrton queria realmente que o Brasil funcionasse, que todos tivessem uma oportunidade e desse sonho nasceu o Instituto”, disse Viviane Senna à agência France Press, explicando que actualmente trabalha com mais de dois milhões de crianças e 75.000 professores em 1.000 cidades brasileiras.