Iraque, os votos e a violência
As primeiras eleições nacionais após a retirada dos Estados Unidos deveriam ser, idealmente, um momento de festa. Mas no Iraque, como temos vindo a aprender na sequência da desastrada intervenção americana, a festa ali é coisa que se esqueceu. Se a “festa” oficial do ditador Saddam era a cobertura ignóbil de um regime de submissão e terror, a “festa” americana que se lhe seguiu foi uma utopia brevíssima. Rapidamente, o Iraque mergulhou numa mescla de caos, corrupção e guerras tribais que fariam George W. Bush corar de vergonha, acaso a tivesse. Hoje a votos, é ainda e sempre a violência o pano de fundo das imagens de alegria breve dos dedos pintados após as votações. Um total de 79 mortos em pouco menos de 24 horas, no início desta semana, mostra bem o que as eleições não podem esconder: que o Iraque tem um futuro de ameaçadora instabilidade e que será agora muito difícil dar-lhe um rumo melhor, depois de tanto mal impunemente feito.
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As primeiras eleições nacionais após a retirada dos Estados Unidos deveriam ser, idealmente, um momento de festa. Mas no Iraque, como temos vindo a aprender na sequência da desastrada intervenção americana, a festa ali é coisa que se esqueceu. Se a “festa” oficial do ditador Saddam era a cobertura ignóbil de um regime de submissão e terror, a “festa” americana que se lhe seguiu foi uma utopia brevíssima. Rapidamente, o Iraque mergulhou numa mescla de caos, corrupção e guerras tribais que fariam George W. Bush corar de vergonha, acaso a tivesse. Hoje a votos, é ainda e sempre a violência o pano de fundo das imagens de alegria breve dos dedos pintados após as votações. Um total de 79 mortos em pouco menos de 24 horas, no início desta semana, mostra bem o que as eleições não podem esconder: que o Iraque tem um futuro de ameaçadora instabilidade e que será agora muito difícil dar-lhe um rumo melhor, depois de tanto mal impunemente feito.