Lição táctica de Ancelotti a Guardiola, novo recorde para Cristiano Ronaldo
Com uma primeira parte arrasadora, o Real Madrid marcou três golos e arrumou com o Bayern Munique na Allianz Arena. Os espanhóis são a primeira equipa apurada para a final da Liga dos Campeões.
Com apenas um golo de vantagem, os madridistas não recearam o “inferno” de Munique, lançaram de início os principais trunfos e perante o arrojo táctico de Carlo Ancelotti o Bayern de Pep Guardiola mostrou-se uma equipa frágil e perdida em campo. Num jogo em que houve apenas uma má notícia para os espanhóis (Xabi Alonso viu um cartão amarelo mostrado pelo árbitro português Pedro Proença e falha a final), Cristiano Ronaldo acrescentou mais um recorde à sua vasta colecção.
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Com apenas um golo de vantagem, os madridistas não recearam o “inferno” de Munique, lançaram de início os principais trunfos e perante o arrojo táctico de Carlo Ancelotti o Bayern de Pep Guardiola mostrou-se uma equipa frágil e perdida em campo. Num jogo em que houve apenas uma má notícia para os espanhóis (Xabi Alonso viu um cartão amarelo mostrado pelo árbitro português Pedro Proença e falha a final), Cristiano Ronaldo acrescentou mais um recorde à sua vasta colecção.
O bilhete para a final de 24 de Maio no Estádio da Luz foi conquistado pelo Real Madrid com distinção e louvor. Na “cidade maldita” de Munique, onde os madridistas somavam nove derrotas e um empate nas 10 partidas realizadas, os espanhóis deram uma lição táctica aos alemães e, em apenas 34 minutos, arrumaram com os (ainda) campeões europeus.
Com a presença em Lisboa presa pelo golo marcado por Benzema, em Madrid, Ancelotti entrou no Allianz Arena de forma audaz. Sem medo, o italiano colocou Modric a comandar o meio campo espanhol e apontou quatro setas à baliza de Neuer: Di María, Bale, Ronaldo e Benzema. Mas a táctica de Ancelotti não se resumiu a esperar pelo Bayern para lançar o contra-ataque. Se do outro lado o veneno alemão estava no tiki-taka de Guardiola, Ancelotti utilizou o melhor antídoto: pressão alta logo à saída da área germânica. E os jogadores do Bayern ficaram sem armas.
Com Dante e Boateng sob pressão constante, a bola não chegava a Kroos e a Schweinsteiger e o primeiro sinal do desnorte alemão surgiu aos 9’, quando Neuer, depois de efectuar de forma deficiente um corte de cabeça fora da área, colocou a bola nos pés de Bale que falhou o remate para a baliza deserta.
O domínio era absoluto por parte dos merengues e aos 15’, Lisboa ficou ainda mais perto de Madrid: canto de Madric e Sergio Ramos, sem marcação, fez o 0-1.
Sem argumentos, os alemães serviam-se de agressividade em excesso para travar o Real, mas os espanhóis responderam com novo golo: livre de Di María, desvio de Pepe, bis de Sergio Ramos. Aos 20’, o Bayern de Guardiola rendia-se ao Real de Ancelotti.
Faltava, no entanto, aparecer Cristiano Ronaldo. Com 14 golos no currículo da Liga dos Campeões 2013-14, CR7 tinha um alvo no ponto de mira: superar o recorde de Messi e Altafini, que detinham igual marca na prova. E o desejado 15.º, foi servido de bandeja por Bale.
Aos 34’, o internacional galês recuperou uma bola à entrada da área do Real Madrid, que passou rapidamente por Di María e Benzema e regressou ao britânico que, na cara de Neuer, ofereceu um golo fácil a Ronaldo.
Alvo seguinte do português? Raúl González. O antigo avançado do Real Madrid é o actual melhor marcador da história da prova, com 71 golos, mas esse é um recorde com prazo de validade curto. Com a eliminatória ganha e o Bayern rendido, Ronaldo bisou na marcação de um livre directo no minuto 89. Com o 67.º golo do internacional lusa na competição, estava selada a pior derrota europeia da história do Bayern Munique e, simultaneamente, da carreira de Guardiola. A “obsessão” da décima Liga dos Campeões do Real Madrid tem Lisboa como próximo capítulo.