A segunda viagem a Turim ficou mais perto, mas continua difícil
Benfica triunfa na Luz sobre a Juventus por 2-1, em jogo a contar para as meias-finais da Liga Europa.
Estavam em confronto duas equipas caídas da Liga dos Campeões, mas cujas falsas partidas na competição redimensionaram as suas ambições nas competições europeias. Eram também os anfitriões das finais das duas competições, mas já nenhum deles estaria na Luz para a final da Champions. O que estava em causa era estar em Turim, uma possível final caseira para a Juventus que o Benfica iria procurar evitar e poder estar na decisão da Liga Europa pelo segundo ano consecutivo.
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Estavam em confronto duas equipas caídas da Liga dos Campeões, mas cujas falsas partidas na competição redimensionaram as suas ambições nas competições europeias. Eram também os anfitriões das finais das duas competições, mas já nenhum deles estaria na Luz para a final da Champions. O que estava em causa era estar em Turim, uma possível final caseira para a Juventus que o Benfica iria procurar evitar e poder estar na decisão da Liga Europa pelo segundo ano consecutivo.
Depois dos festejos do título, o Benfica tinha de voltar a entrar no seu “modo competitivo” para enfrentar o seu adversário mais difícil nesta Liga Europa. Jorge Jesus não tinha todo o seu plano A disponível (Gaitán e Salvio, os desequilibradores nos flancos, e Fejsa, a âncora do meio-campo), mas o Benfica tem mostrado que sobrevive bem a ausências.
Todas as equipas italianas, incluindo a “squadra azzurra” são associadas a competência defensiva. Dificilmente se apanha uma equipa italiana distraída na defesa, mas foi o que aconteceu logo aos 2’. O Benfica ganhou o primeiro canto do jogo, Sulejmani mandou a bola para a área e Garay mostrou, mais uma vez, toda a sua capacidade goleadora. Bonucci não acompanhou o argentino e Buffon não impediu a bola de entrar na sua baliza.
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Antonio Conte era o segundo treinador italiano a visitar a Luz numa semana e tinha aguentado menos tempo que o seu compatriota do Olhanense, Giuseppe Galderisi. Os “encarnados” tiveram o seu início de sonho sem terem feito muito por isso, mas, a verdade, é que justificaram em pleno a vantagem nos minutos que se seguiram. Pressão alta, sempre a dificultar a progressão ofensiva da Juve e um domínio territorial que não deixava a bola chegar a Andrea Pirlo.
O Benfica era uma equipa veloz e dominante e a Juventus sofria. Mas o domínio sobre uma equipa como esta pouco significa se não se marcar mais golos. E os homens de Turim, lentamente, começaram a sacudir a pressão. André Gomes, o herói da Taça, acusou alguma inexperiência, os passes começaram a não sair e o bloco italiano foi subindo até se inverterem os papéis. Na segunda parte, a Juve assumiu o comando do jogo, com o Benfica, talvez fisicamente menos fresco, a ficar mais na expectativa.
A primeira oportunidade de golo da Juve só apareceu na segunda parte, com Artur, inesperado titular em vez de Oblak, a segurar um cabeceamento perigoso de Pogba. No minuto seguinte, o Benfica ficou com alguma razão de queixa do árbitro Cüneyt Cakir, que não viu uma falta de Cáceres sobre Enzo Pérez na área italiana. O argentino já tinha feito passar a bola pelo defesa da Juventus, mas este fez obstrução e provocou a queda. O penálti, se convertido em golo, teria dado outra tranquilidade aos “encarnados”, mas não aconteceu e a Juventus continuou a mandar.
Os italianos estavam cada vez mais perto da baliza de Artur e, aos 73’, chegaram lá. Asamoah meteu a bola em Carlos Tévez e o argentino tirou vários defesas do Benfica do caminho para fazer o golo do empate. Tévez, avançado renascido em Turim, já não marcava desde 2009, quando jogava no Manchester United e marcara pelos red devils frente a outra equipa portuguesa, o FC Porto. Adivinhavam-se uns minutos finais difíceis para o Benfica. Só que os “encarnados”, entretanto reforçados com André Almeida, Lima e Ivan Cavaleiro, ainda tinham um último fôlego.
Os últimos minutos na Luz foram empolgantes. Aos 84’, Lima, que tinha marcado os dois golos do título no domingo anterior, voltou a ser o herói. Recebeu a bola na área da Juventus e, num pontapé tremendo, bateu Buffon pela segunda vez. Markovic esteve perto do 3-1, aos 86’, mas o seu remate saiu ligeiramente ao lado. Na resposta, Marchisio surgiu isolado frente a Artur e o brasileiro defendeu para canto. Já na compensação, Chielini atirou ao lado e, na jogada seguinte, o remate de Ivan Cavaleiro foi desviado da rota por um defesa da Juve. A vitória já não iria fugir ao Benfica, mas o golo sofrido não deixa o Benfica nada tranquilo para a viagem a Turim, onde os “encarnados” irão sofrer para tentar garantir que lá regressam para a final.