PSD na Madeira exclui símbolo do CDS dos cartazes da coligação para as europeias

A eliminação “só confunde os eleitores e prejudica a coligação”, comenta o líder regional dos populares.

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No cartaz o símbolo do CDS-PP não aparece DR

Ao contrário dos sociais-democratas açorianos que adoptaram a mesma linha gráfica da coligação nacional, no cartaz afixado esta semana no Funchal, com a fotografia da candidata madeirense Cláudia Aguiar, apenas figura o símbolo e sigla do “PPD/PSD Madeira”. Por “Uma nova Europa, a das pessoas e não do capital”, os mupis têm, no canto inferior direito, uma referência à Aliança Portugal mas omitem o símbolo do parceiro CDS/PP que estará impresso, ao lado do PSD, no boletim de voto do círculo único nacional.

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Ao contrário dos sociais-democratas açorianos que adoptaram a mesma linha gráfica da coligação nacional, no cartaz afixado esta semana no Funchal, com a fotografia da candidata madeirense Cláudia Aguiar, apenas figura o símbolo e sigla do “PPD/PSD Madeira”. Por “Uma nova Europa, a das pessoas e não do capital”, os mupis têm, no canto inferior direito, uma referência à Aliança Portugal mas omitem o símbolo do parceiro CDS/PP que estará impresso, ao lado do PSD, no boletim de voto do círculo único nacional.

A exclusão do CDS/PP dos cartazes “só prejudica a coligação, porque confunde os eleitores que verão os dois símbolos no boletim de voto”, declara o líder regional dos populares, José Manuel Rodrigues, ao PÚBLICO. “Sinceramente, não consigo perceber com que objectivo amputaram o símbolo da Aliança Portugal”, confessa.

O PSD e o CDS-PP vão concorrer juntos às eleições europeias através da coligação "Aliança Portugal", sendo a lista encabeçada por Paulo Rangel, ficando a candidata dos Açores, Sofia Ribeiro, na terceira posição, e a da Madeira, Cláudia Aguiar, na sexta. A comissão política regional do PSD tinha aprovado a recandidatura de Nuno Teixeira, mas a direcção nacional atribuiu aquele lugar com a condição de ser ocupado por uma mulher para cumprir a lei da paridade. Para justificar ao conselho regional a troca do eurodeputado pela actual deputada madeirense na Assembleia da República, Alberto João Jardim destacou do seu currículo que a jovem candidata "até toca bandolim"

Recorde-se que em Setembro do ano passado, a comissão política regional decidiu que o partido não fará campanha na Madeira para as eleições europeias pela coligação Aliança Portugal, em reacção à suspensão do deputado Rui Barreto por este ter votado contra o Orçamento do Estado. Decidiu também “não indicar qualquer candidato às eleições europeias” de Maio.

Nuno Melo, ao comentar a decisão do CDS/PP-Madeira de não fazer campanha eleitoral nesta região, declarou compreender "as diferentes circunstâncias" políticas neste arquipélago onde é o maior partido da oposição, realçando, contudo, que existe "um desígnio nacional" neste acto eleitoral. À margem de uma conferência em que participou, no mês passado no Funchal, o primeiro candidato do CDS na lista conjunta com o PSD acrescentou que “o que está em causa são eleições europeias, não são regionais, nem legislativas". Sublinhou ainda que é do interesse do CDS/PP-Madeira "voltar a ter um representante no Parlamento Europeu".

Só nas eleições europeias de 1994, o CDS-PP madeirense teve um representante no Parlamento Europeu. Naquele ano, o PSD contemplou a Madeira com a inclusão de Nélio Mendonça, ex-presidente do parlamento regional, em lugar elegível. O PS-Madeira indicou o médico Quinídio Correia (que ficou como suplente na lista), e o CDS madeirense candidatou o engenheiro Rui Vieira, que não foram eleitos, embora, por substituições posteriores, tenham assumido o mandato em Novembro de 1995. Tratou-se do único período em que estiveram três deputados madeirenses em simultâneo no Parlamento Europeu.