Seis países da zona euro tiveram défice superior ao português em 2013
Dívida de Portugal é a terceira mais elevada do espaço da moeda única em percentagem do produto interno bruto.
O desequilíbrio das finanças públicas portuguesas em 2013 é o melhor entre os países que foram alvo de processos de ajustamento financeiro. A Grécia, o primeiro estado a ser resgatado, apurou um défice de 12,7%, embora tenha registado um excedente primário, a Irlanda fechou o ano passado com um défice de 7,2%, a Espanha com um desvio negativo de 7,1% e Chipre com 5,4%.
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O desequilíbrio das finanças públicas portuguesas em 2013 é o melhor entre os países que foram alvo de processos de ajustamento financeiro. A Grécia, o primeiro estado a ser resgatado, apurou um défice de 12,7%, embora tenha registado um excedente primário, a Irlanda fechou o ano passado com um défice de 7,2%, a Espanha com um desvio negativo de 7,1% e Chipre com 5,4%.
O défice mais elevado entre os países da eurolândia foi registado pela Eslovénia (-14,7%), enquanto o Luxemburgo foi o único estado a apresentar um excedente orçamental, embora muito marginal (0,1%). A Alemanha fechou as contas de 2013 com uma situação de equilíbrio entre despesa e receita.
No que toca à dívida pública, Portugal regista o terceiro nível mais elevado, com um valor de 213,6 mil milhões de euros, o equivalente a 129% do produto interno bruto. Acima do registo português estão, apenas, a Grécia, com 175,1% do PIB, e a Itália, com 132,6% da riqueza nacional gerada no ano passado.
A dívida pública portuguesa passou de 94%, em 2010, para os 129% no ano passado.
O gabinete de estatística da UE mostra que o défice público para o conjunto da zona euro foi de 3% (293 mil milhões de euros), abaixo dos 3,7% registados em 2012 e ainda mais dos 6,2% apurados em 2010. Para o conjunto da União Europeia, o desequilíbrio das finanças públicas foi de 473,3 mil milhões de euros, o equivalente a 3,3% do produto interno bruto.
Quando à dívida, a zona euro apresenta um registo de 92,6% do PIB, em alta face a 2012 (90,7%). Na União Europeia, o endividamento subiu também, neste caso, para 87,1% do PIB (85,2% em 2012).