Cavaco e Sócrates foram os que mais contribuíram de forma negativa para o país no pós-25 de Abril
Sondagem da Universidade Católica para a Antena 1, RTP, Diário de Notícias e Jornal de Notícias.
A sondagem, realizada pelo CESOP – Universidade Católica para a Antena 1, RTP, Diário de Notícias e Jornal de Notícias, indica que os inquiridos deram nota negativa ao actual Presidente da República (15%) e ao antigo primeiro-ministro (14%). Passos Coelho foi a opção de 10% dos consultados quanto a contributos negativos, a mesma percentagem atribuída a Mário Soares. Aqui, Durão Barroso também foi referido, por 2% das pessoas sondadas.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A sondagem, realizada pelo CESOP – Universidade Católica para a Antena 1, RTP, Diário de Notícias e Jornal de Notícias, indica que os inquiridos deram nota negativa ao actual Presidente da República (15%) e ao antigo primeiro-ministro (14%). Passos Coelho foi a opção de 10% dos consultados quanto a contributos negativos, a mesma percentagem atribuída a Mário Soares. Aqui, Durão Barroso também foi referido, por 2% das pessoas sondadas.
Quando questionados sobre que personalidade mais influenciou o curso de Portugal após a revolução, os consultados colocaram Cavaco Silva em segundo lugar (11%), numa lista liderada por Mário Soares (23%). Nesta questão, José Sócrates e Ramalho Eanes também foram a opção de alguns dos inquiridos (5% e 3%, respectivamente).
À questão qual a personalidade dos últimos 40 anos que mais contribuiu positivamente para o país, a maior parte das respostas recaiu em Mário Soares (16%), seguido de Ramalho Eanes (7%) e Sá Carneiro (6%). Cavaco Silva surge em quarto lugar (5%), seguido de Álvaro Cunhal.
Jorge Sampaio, Cristiano Ronaldo e António Guterres foram cada um a resposta de 2% dos inquiridos.
O mesmo barómetro concluiu que entre as pessoas questionadas, 83% afirmaram-se insatisfeitas com o funcionamento da democracia (55% pouco satisfeitas, 28% nada satisfeitas). Apenas 4% estão muito satisfeitos e 11% bastante satisfeitos (11%).
Portugal menos seguro e mais pobre
Os portugueses dizem ainda que Portugal está menos seguro do que na ditadura (53%), mas mais livre (80%), mais democrático (65%), e também mais pobre (62%). Quanto às condições de trabalho, 49% dizem que estão piores do que antes do 25 de Abril e 56% que a qualidade de vida é melhor.
O direito de voto foi a mudança mais significativa para o país, segundo 71% dos ouvidos, seguido do Serviço Nacional de Saúde (69%) e da maior igualdade entre o homem e a mulher (66%), e ainda a existência do salário mínimo ou pensão mínima (62%) e o aumento da escolaridade (61%).
A imprensa (73%) e as Forças Armadas (71%) são as instituições que merecem mais confiança. No lado oposto, os tribunais (62%), bancos (61%) e grandes grupos económicos (49%) lideram as opiniões negativas.
A sondagem foi realizada entre os dias 12 e 14 de Abril, entre indivíduos com 18 ou mais anos, recenseados e com residência em Portugal Continental, escolhidos aleatoriamente em 19 freguesias, tendo em conta a distribuição da população recenseada por regiões das Unidades Territoriais Estatísticas de Portugal (NUT II) e por freguesias com mais de 3200 recenseados. Foram obtidos 1117 inquéritos válidos, sendo que 59% dos inquiridos eram mulheres, 31% da região Norte, 21% do Centro, 36% de Lisboa, 6% do Alentejo e 6% do Algarve. A taxa de resposta foi de 67% e a margem de erro máximo de 2,9%.
Notícia corrigida às 13h11: No subtítulo Portugal não está mais mas sim menos seguro.