Associação 25 Abril propõe "ampla mobilização nacional" para expulsar "vendilhões"
"O Governo, e a cobertura que lhe é dada pelo Presidente da República, protagonizam os fautores do `estado a que isto chegou´", defende a associação presidida por Vasco Lourenço.
"O Governo, e a cobertura que lhe é dada pelo Presidente da República, protagonizam os fautores do `estado a que isto chegou´, razão pela qual não serão eles a quem possa continuar a confiar-se os destinos de Portugal", defendeu a Associação 25 de Abril, presidida pelo coronel Vasco Lourenço. Por isso, sustentou, "torna-se urgente uma ampla mobilização nacional" para, "aproveitando as armas da Democracia, mostrar aos responsáveis pelo `estado a que isto chegou´ um cartão vermelho, que os expulse de campo". "Temos de ser capazes de expulsar os `vendilhões do templo´. Os desmandos e a tragédia da actual governação não podem continuar", apelou.
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"O Governo, e a cobertura que lhe é dada pelo Presidente da República, protagonizam os fautores do `estado a que isto chegou´, razão pela qual não serão eles a quem possa continuar a confiar-se os destinos de Portugal", defendeu a Associação 25 de Abril, presidida pelo coronel Vasco Lourenço. Por isso, sustentou, "torna-se urgente uma ampla mobilização nacional" para, "aproveitando as armas da Democracia, mostrar aos responsáveis pelo `estado a que isto chegou´ um cartão vermelho, que os expulse de campo". "Temos de ser capazes de expulsar os `vendilhões do templo´. Os desmandos e a tragédia da actual governação não podem continuar", apelou.
Aquela associação defendeu igualmente que os portugueses têm de "ser capazes" de "retornar às presidências de boa memória de Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio", traçando um diagnóstico negativo sobre o estado do país, 40 anos depois do 25 de Abril.
A Associação 25 de Abril advertiu para possíveis consequências do agravamento das desigualdades, afirmando que a "manutenção da democracia apenas será viável pela reafirmação dos valores de Abril". "As desigualdades, consumadas no aumento do enriquecimento dos que já têm tudo e no cada vez maior empobrecimento dos mais desfavorecidos, transforma a nossa sociedade num barril de pólvora que apenas será sustentável numa nova ditadura opressiva, com o desaparecimento das mais elementares liberdades", advertiu.
Para contrariar a "destruição do positivo que foi construído, em resultado da ação libertadora de há 40 anos", a Associação 25 de Abril propõe a "assunção de um compromisso nacional duradouro" em cinco áreas, a primeira das quais para a manutenção do Estado Social e erradicação da pobreza. "Assunção de um compromisso nacional para a promoção de um duradouro programa de educação e investigação científica" e a "assunção de um compromisso nacional para um programa de emprego" que incentive o "regresso de milhares de cérebros forçados à emigração" e para uma "justiça mais célere" são outras propostas da Associação 25 de Abril.
"O 25 de Abril foi libertação e festa, passou por participação e desenvolvimento, mas passou também por retrocesso e desilusão, fruto da corrupção e esbanjamento. Hoje sofre revanchismo, roubo e destruição", criticou a Associação 25 de Abril, defendendo que é possível "ultrapassar sectarismos" para "reconhecer o inimigo comum".