Centro de Documentação 25 Abril inaugura em Coimbra instalação áudio-vídeo
"Tenho a cabeça espetada entre a noite e a madrugada: fragmentos" é o nome da instalação que aborda de forma "plasticamente inovadora" a revolução dos cravos.
Partindo da exposição J'ai la tête figée entre la nuit et l'aurore: collages, preparada a pedido do Consulado Português, para Lille, Capital Europeia da Cultura, em 2000, o artista plástico Artmini (Phillippe Martini) criou agora uma instalação áudio-vídeo de obras (colagens e mobiles), abordando de uma "forma plasticamente inovadora o 25 de Abril de 1974", afirma uma nota do CD25A.
"Dez anos depois de ter estado em Portugal, no espaço da Associação Abril em Maio", em Lisboa, Phillippe Martini "volta a Portugal juntando novos materiais e novas obras para uma nova encenação", que estará patente, no antigo Colégio São Bento (Departamento de Antropologia), no Polo I da UC, na Alta histórica de Coimbra.
Com paisagem/banda sonora da actriz e cantora francesa Margarida Guia, a exposição surge na sequência de uma peça de teatro, representada em francês e em português, realizada por Philippe Martini e Margarida Guia.
A peça "passa em revista os 48 anos de ditadura em Portugal que precederam" o 25 de Abril, "da emigração à Revolução dos Cravos, passando pela ditadura, a opressão, a guerra colonial, a censura e a luta; da gare de Austerlitz para Lisboa, passando por Luanda", sublinha o CD25A, referindo alguns dos "momentos-chave para abrir a porta de uma história, retrato tecido de textos e colagens para traçar aqueles 48 anos".
Reflectindo "uma história ainda pouco conhecida em França" (através de "elementos visuais, sonoros e dramáticos, que transportam esta história para um contexto artístico"), a peça 'Tenho a cabeça espetada entre a noite e a madrugada' pode, de algum modo, comparar-se ao "teatro documentário, à maneira de Peter Weiss", sustenta o CD25A.
Na sua peça 'A canção do fantoche lusitano', o dramaturgo alemão Peter Weiss inspirou-se na colonização portuguesa em África.
"Tenho a cabeça espetada entre a noite e a madrugada: fragmentos", que pode ser visitada, até 31 de maio, entre as 14h00 e as 18h00, de segunda-feira a sábado, e entre as 11h00 e as 13h00, ao domingo, assume-se como um convite a visitar ou a refazer os passos dos 48 anos da ditadura "durante uma hora, entre a noite e madrugada, através de poemas, de textos dramáticos e de documentos históricos".
Na terça-feira e na sexta-feira, realizam-se dois espectáculos ao vivo, durante os quais Margarida Guia interpretará poemas e textos de autores portugueses.
Organizada pelo CD25A, em colaboração com o Centro de Estudos Sociais da UC, com o apoio dos teatros Académico Gil Vicente e da Cerca de São Bernardo, a exposição integra-se nas comemorações dos 40 anos do 25 de Abril promovidas pelo CD25A.
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Partindo da exposição J'ai la tête figée entre la nuit et l'aurore: collages, preparada a pedido do Consulado Português, para Lille, Capital Europeia da Cultura, em 2000, o artista plástico Artmini (Phillippe Martini) criou agora uma instalação áudio-vídeo de obras (colagens e mobiles), abordando de uma "forma plasticamente inovadora o 25 de Abril de 1974", afirma uma nota do CD25A.
"Dez anos depois de ter estado em Portugal, no espaço da Associação Abril em Maio", em Lisboa, Phillippe Martini "volta a Portugal juntando novos materiais e novas obras para uma nova encenação", que estará patente, no antigo Colégio São Bento (Departamento de Antropologia), no Polo I da UC, na Alta histórica de Coimbra.
Com paisagem/banda sonora da actriz e cantora francesa Margarida Guia, a exposição surge na sequência de uma peça de teatro, representada em francês e em português, realizada por Philippe Martini e Margarida Guia.
A peça "passa em revista os 48 anos de ditadura em Portugal que precederam" o 25 de Abril, "da emigração à Revolução dos Cravos, passando pela ditadura, a opressão, a guerra colonial, a censura e a luta; da gare de Austerlitz para Lisboa, passando por Luanda", sublinha o CD25A, referindo alguns dos "momentos-chave para abrir a porta de uma história, retrato tecido de textos e colagens para traçar aqueles 48 anos".
Reflectindo "uma história ainda pouco conhecida em França" (através de "elementos visuais, sonoros e dramáticos, que transportam esta história para um contexto artístico"), a peça 'Tenho a cabeça espetada entre a noite e a madrugada' pode, de algum modo, comparar-se ao "teatro documentário, à maneira de Peter Weiss", sustenta o CD25A.
Na sua peça 'A canção do fantoche lusitano', o dramaturgo alemão Peter Weiss inspirou-se na colonização portuguesa em África.
"Tenho a cabeça espetada entre a noite e a madrugada: fragmentos", que pode ser visitada, até 31 de maio, entre as 14h00 e as 18h00, de segunda-feira a sábado, e entre as 11h00 e as 13h00, ao domingo, assume-se como um convite a visitar ou a refazer os passos dos 48 anos da ditadura "durante uma hora, entre a noite e madrugada, através de poemas, de textos dramáticos e de documentos históricos".
Na terça-feira e na sexta-feira, realizam-se dois espectáculos ao vivo, durante os quais Margarida Guia interpretará poemas e textos de autores portugueses.
Organizada pelo CD25A, em colaboração com o Centro de Estudos Sociais da UC, com o apoio dos teatros Académico Gil Vicente e da Cerca de São Bernardo, a exposição integra-se nas comemorações dos 40 anos do 25 de Abril promovidas pelo CD25A.