Polícia britânica identifica português por incitar à adesão à Al-Qaeda
Nos oito minutos de vídeo, o suspeito identificado pelos serviços de informação britânicos apela a que mais pessoas se juntem ao conflito sírio.
A informação é avançada pelo diário britânico Guardian, que adianta que o vídeo foi publicado online há duas semanas sob um nome falso. Inicialmente foi dito que o protagonista das imagens seria um antigo jogador do Arsenal chamado Lassana Diarra, de 29 anos, que veio a público negar as informações.
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A informação é avançada pelo diário britânico Guardian, que adianta que o vídeo foi publicado online há duas semanas sob um nome falso. Inicialmente foi dito que o protagonista das imagens seria um antigo jogador do Arsenal chamado Lassana Diarra, de 29 anos, que veio a público negar as informações.
O vídeo foi publicado através de uma conta que as autoridades identificaram como estando ligada ao Estado Islâmico do Iraque e da Síria, com relações com a Al-Qaeda, e seria direccionado para muçulmanos na Ucrânia ou na Crimeia que pudessem estar interessados na guerra síria. As investigações permitiram ainda perceber que o protagonista do vídeo não era o jogador inicialmente avançado mas sim um português — uma informação que, diz o Guardian, foi facilitada por uma análise do sotaque.
O português, que aparece armado e apenas com os olhos descobertos, foi identificado como sendo Celso Rodrigues da Costa, a viver na zona leste de Londres com dois irmãos. Não foi, porém, possível perceber se teria algumas ligações ao Arsenal que justificassem as suspeitas iniciais que recaíram sobre o jogador. O vídeo foi mostrado a treinadores do clube que disseram não reconhecer o homem ou a sua voz, da mesma forma que negaram ter alguém com aquele nome a trabalhar ou ter trabalhado para o Arsenal.
As imagens duram oito minutos e nelas, segundo o mesmo jornal, o homem afirma que a jihad precisa de todo o tipo de auxílio para “combater o inimigo”, apelando a que mais pessoas se juntem ao grupo. “Venham e juntem-se a nós e aqueles que pensam que não podem combater podem também juntar-se e podem talvez ajudar com qualquer outra coisa como medicamentos, financeiramente, conselhos ou com quaisquer outras qualidades e capacidades que tenham”, ouve-se no vídeo, onde também apela a que as mulheres se juntem ao movimento.
Os serviços secretos britânicos estão a analisar o caso e mostraram-se preocupados com a possibilidade de a jihad estar a recrutar mais pessoas na Europa. Ao todo, a organização conta com membros de mais de 70 países e o Guardian diz que há mais dois portugueses que viviam em Londres e que se mudaram para a Síria.