PS reúne-se com autarcas para organizar contestação
A contestação política à portaria continua. O Partido Socialista e a Associação Nacional dos Autarcas do Partido Socialista marcaram para esta quarta-feira à tarde uma reunião com autarcas e responsáveis distritais do sector da saúde para discutir as consequências deste diploma que prevê a “redução de serviços nos hospitais públicos”.
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A contestação política à portaria continua. O Partido Socialista e a Associação Nacional dos Autarcas do Partido Socialista marcaram para esta quarta-feira à tarde uma reunião com autarcas e responsáveis distritais do sector da saúde para discutir as consequências deste diploma que prevê a “redução de serviços nos hospitais públicos”.
“Trata-se de uma portaria totalmente desenhada à revelia dos interesses das populações, sem auscultar os seus representantes locais ou envolver os profissionais e as organizações prestadoras de cuidados de saúde, constituindo, por isso, um atentado sem precedentes no Portugal democrático ao Serviço Nacional de Saúde”, explica o PS, num comunicado feito em conjunto com a associação de autarcas do partido.
O secretário nacional do PS Álvaro Beleza acusou na segunda-feira o Governo de estar a impor ao país uma reforma hospitalar “sem estudo, respeito e bom senso”. Esta reforma, disse ao PÚBLICO, deve ser “cirúrgica, feita caso a caso, além de ter que ser negociada e conversada com todos os actores”. "Este documento não é nada, acho que o vão anular”, rematou.
Também o PCP já considerou que o fecho de serviços (e referia-se especificamente no hospital de Guimarães) é uma medida “calamitosa” e anunciou que vai questionar o Governo sobre a portaria. Logo na sexta-feira, o Bloco de Esquerda questionou os pressupostos em que assenta o diploma e anunciou que requereu a presença do ministro da Saúde no Parlamento para esclarecer a situação.
A Ordem dos Médicos já marcou igualmente a sua posição. Acusou o Ministério da Saúde de amadorismo, por propor uma “profunda reforma hospitalar” sem estudo prévio fundamentado e sem avaliar as consequências.