Alemanha suspende programa de ajuda a jovens europeus desempregados
Berlim justifica decisão com a avalanche de pedidos de ajuda.
O emprego da minha vida foi criado para minimizar o problema do desemprego jovem, que assola diversos países europeus, nomeadamente Portugal, Espanha e Grécia. A candidatura fazia-se através de um portal online e os escolhidos tinham acesso a aulas gratuitas de alemão, ainda no país origem, e, já na Alemanha, a uma bolsa que lhes permitisse iniciar uma nova vida. Desde o seu lançamento, 8919 jovens já foram ajudados, 5600 dos quais espanhóis, de acordo com números divulgados pela ZAV, uma entidade vinculada à agência alemã para o emprego.
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O emprego da minha vida foi criado para minimizar o problema do desemprego jovem, que assola diversos países europeus, nomeadamente Portugal, Espanha e Grécia. A candidatura fazia-se através de um portal online e os escolhidos tinham acesso a aulas gratuitas de alemão, ainda no país origem, e, já na Alemanha, a uma bolsa que lhes permitisse iniciar uma nova vida. Desde o seu lançamento, 8919 jovens já foram ajudados, 5600 dos quais espanhóis, de acordo com números divulgados pela ZAV, uma entidade vinculada à agência alemã para o emprego.
Berlim justificou a decisão de suspender o programa com o facto de os pedidos de ajuda, nos primeiros meses deste ano, terem sido o dobro dos recebidos em igual período do ano passado. Um porta-voz do Ministério do Trabalho alemão, em declarações ao diário espanhol El País, confirmou que “não é possível satisfazer a procura”.
No entanto, no portal do programa há a garantia de que esta decisão não vai afectar os jovens que estão já na Alemanha ao abrigo deste programa.
Não é a primeira vez que O emprego da minha vida se vê envolto em polémica. Muitos jovens, no ano passado, protestaram na Alemanha contra o que apelidavam de “sonho alemão”, que prometia o acesso a uma profissão e a um novo idioma, mas que na realidade não correspondia às expectativas. No início desta semana, o jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung noticiou inclusive que vários jovens bolseiros a viver na cidade de Rostock, no norte da Alemanha, estavam sem emprego e com uma ajuda de “apenas 200 euros”.