Trabalhadores ferroviários avançam para greve contra a fusão entre a Refer e a EP

Governo pretende que o processo esdteja no terreno já no segundo semestre deste ano.

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Maior impacto negativo virá da CP, da Parpública, da EDIA e da TAP João Gaspar

Em declarações à Lusa, o coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Ferroviários, Abílio Carvalho, adiantou que os trabalhadores da CP -- Comboios de Portugal e da CP Carga vão-se juntar aos da Refer numa greve geral da ferrovia, marcada para 8 de Maio.

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Em declarações à Lusa, o coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Ferroviários, Abílio Carvalho, adiantou que os trabalhadores da CP -- Comboios de Portugal e da CP Carga vão-se juntar aos da Refer numa greve geral da ferrovia, marcada para 8 de Maio.

O dirigente sindical explicou que os receios dos trabalhadores da Refer aumentaram depois de uma reunião, na segunda-feira, em que os representantes da empresa "não responderam a nenhuma das questões levantadas pelos funcionários". "Há um conjunto de preocupações, nomeadamente sobre o futuro das empresas e dos trabalhadores, que ficaram sem resposta. Os representantes da administração limitaram-se a dizer que a hipótese de fusão ainda está em estudo", acrescentou Abílio Carvalho.

Na reunião desta terça-feira, os sindicatos elaboraram um documento para entregar à administração da Refer, que reúne as preocupações e reivindicações dos trabalhadores.

O ministro da Economia anunciou a 3 de Abril que a fusão entre a Refer, gestora da rede ferroviária nacional, e a Estradas de Portugal (EP), gestora da rede rodoviária, vai avançar em Abril para estar em execução no segundo semestre do ano. "A nossa ideia é avançar com este projecto em termos de decisão já no mês de Abril, para estar em modo de execução ao longo do segundo semestre de 2014 e com impacto claro em 2015", disse António Pires de Lima, em conferência de imprensa.

O ministro considerou, na altura, que "a racionalidade do projecto é óbvia, tanto do ponto de vista estratégico", como do "ponto de vista da racionalidade económica" e referiu a eficiência dos modelos europeus semelhantes.