Câmara de Arcos de Valdevez reabilita Paço de Giela por 700 mil euros
Monumento nacional está em risco de ruína há vários anos.
O Paço de Giela está em risco de ruína há vários anos, apesar de ser um dos mais importantes monumentos do concelho. Segundo a Câmara de Arcos de Valdevez, a reabilitação deste património insere-se num projecto mais alargado para aquela área, constituída pelos edifícios classificados e uma quinta envolvente com 22 hectares, propriedade municipal, denominado Parque Urbano do Paço de Giela.
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O Paço de Giela está em risco de ruína há vários anos, apesar de ser um dos mais importantes monumentos do concelho. Segundo a Câmara de Arcos de Valdevez, a reabilitação deste património insere-se num projecto mais alargado para aquela área, constituída pelos edifícios classificados e uma quinta envolvente com 22 hectares, propriedade municipal, denominado Parque Urbano do Paço de Giela.
“Esta intervenção permitirá recuperar e consolidar a estrutura, instalando no torreão uma exposição, com conteúdos interactivos, sobre a história do edifício e do concelho, entre outras funções", explicou à Lusa fonte da autarquia.
Numa primeira fase avançam a reabilitação e consolidação do paço e de um conjunto de casas envolventes. Os trabalhos estão adjudicados por 687 mil euros e, segundo fonte do município, têm um prazo de conclusão de 450 dias. A obra é comparticipada com fundos comunitários, através do Programa Operacional Regional do Norte.
O objectivo da câmara é "consolidar e reabilitar" aquele conjunto histórico, classificado como monumento nacional desde 1910, dotando-o de valências culturais e de promoção turística.
Segundo informação da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), o "conjunto apalaçado" de Giela constitui "um dos mais interessantes exemplos de habitação nobre em meio rural" da Idade Média em Portugal. Alguns historiadores atribuem as primeiras obras no local ao período "anterior à nacionalidade", enquanto o Igespar admite que a construção da torre principal e mais simbólica do espaço terá acontecido no século XV.
"Uma das suas características mais marcantes [da torre] é o facto de não possuir quaisquer aberturas, à excepção de uma janela que encima o portal e uma fresta do lado norte, circunstância que lhe confere uma solidez militar verdadeiramente impressionante", lê-se na página de Internet da DGPC.