Número de mortes em incêndio de grandes dimensões no Chile sobe para 12

As chamas, que ameaçam a cidade de Valparaíso desde sábado, já destruíram mais de duas mil habitações.

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A cidade viveu nas duas últimas noites situações de angústia e o alerta vermelho mantém-se devido às chamas e aos fortes ventos, apesar da menor gravidade face ao quadro da noite de sábado para domingo. "Estamos numa situação de urgência permanente [...] é uma situação muito complexa", disse, porém, o ministro da Defesa, Jorge Burgos.

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A cidade viveu nas duas últimas noites situações de angústia e o alerta vermelho mantém-se devido às chamas e aos fortes ventos, apesar da menor gravidade face ao quadro da noite de sábado para domingo. "Estamos numa situação de urgência permanente [...] é uma situação muito complexa", disse, porém, o ministro da Defesa, Jorge Burgos.

O último balanço do ministério do Interior informa que morrereram 12 pessoas no incêndio que já destruiu 850 hectares e duas mil casas. Há também registo de inúmeros casos de pessoas que tiveram de ser atendidas pelos serviços de emergência médica, devido à inalação de fumo. Foram montados abrigos para os desalojados. A cidade tem sido afectada por vários cortes de electricidade.

A presidente Michelle Bachelet declarou no domingo a cidade portuária como zona de catástrofe e o ministro do Interior, Rodrigo Peñailillo, deslocou-se para Valparaíso para acompanhar a situação. Segundo as autoridades, mais de 500 bombeiros de vários locais do país estão a participar no combate ao fogo, que tem sido dificultado pelo vento.

“Este é o maior desastre que já vi”, afirmou o governador da região, Ricardo Bravo. “Nós fugimos do bairro de La Cruz, de um apartamento que eu tinha comprado há pouco tempo. Ficou todo destruído pelo fogo. A casa da minha irmã também”, descreveu à Reuters uma residente, Rosa Guzman.

O fogo começou por volta das 16h30 de sábado, numa área florestal nas imediações da cidade, conhecida como La Pólvora, onde destruiu 270 hectares de eucaliptos, pastagens e arbustos. Devido ao calor e aos ventos fortes, os bombeiros foram incapazes de controlar as chamas, que se propagaram para as colinas que rodeiam a cidade.    

Por esse motivo, Valparaíso foi evacuada em massa pela  segunda vez em duas semanas. A primeira vez que a população teve de deixar as suas casas foi após um altera de tsunami que se seguiu a um sismo que sacudiu o Norte do Chile.

Valparaíso, cuja zona histórica foi inscrita em 2003 na lista de Património Mundial da UNESCO, fica a 135 quilómetros da capital chilena, Santiago.