Hollande é o Presidente mais impopular de França desde 1958
Só 18% dos franceses aprovam o chefe de Estado, mas 58% dão parecer favorável ao seu novo primeiro-ministro, Manuel Valls.
Em contrapartida, o novo primeiro-ministro, Manuel Valls, tem 58% de opiniões favoráveis, dizem os dados do barómetro mensal do Ifop relativos ao mês de Abril e publicados pelo Jornal du Dimanche. O estudo de opinião diz que nunca a diferença de popularidade entre um chefe de Estado e um primeiro-ministro foi tão grande, 40 pontos.
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Em contrapartida, o novo primeiro-ministro, Manuel Valls, tem 58% de opiniões favoráveis, dizem os dados do barómetro mensal do Ifop relativos ao mês de Abril e publicados pelo Jornal du Dimanche. O estudo de opinião diz que nunca a diferença de popularidade entre um chefe de Estado e um primeiro-ministro foi tão grande, 40 pontos.
Hollande tem vindo a descer no índice de popularidade desde que foi eleito, em Maio de 2012 — num mês, perdeu cinco pontos (em Março contava com 23% de opiniões favoráveis). Já Manuel Valls, que substituiu há duas semanas Jean-Marc Ayrault na chefia do Executivo, depois da derrota do Partido Socialista (no poder) nas eleições municipais de Março, é o membro do Governo mais popular e o primeiro-ministro com maior taxa de popularidade num início de mandato desde 1958.
Manuel Valls, de 51 anos, qualificado de "social-democrata" pela esquerda (excluindo os socialistas), ganhou notoriedade quando tinha a pasta do Interior na equipa de Ayrault, tendo as suas posições cativado a direita e a esquerda classificada de mais moderada.
Na terça-feira da semana passada, Manuel Valls foi ao Parlamento apresentar o seu programa de Governo e submeter-se à votação de uma moção de confiança, tendo apresentar um Pacto de Competitividade com as empresas que preconiza a descida dos encargos destas com o trabalho e medidas para cortar a despesa pública em 50 mil milhões de euros em três anos.
Valls prometeu não mexer nos programas sociais e disse que não haverá medidas de grande austeridade, apesar do compromisso com Bruxelas de manter o déficit em 4,3 até ao final de 2015. No sábado, a esquerda manifestou-se em Paris contra as suas propostas e contra o que consideram ser uma viragem social-democrata do Presidente.