O problema não é “deles” nem está resolvido
Estava a Assembleia da República no bom caminho, com umas comemorações do 25 de Abril austeras mas dignas, quando, mais uma vez por inabilidade verbal, volta a repetir-se este ano a querela Parlamento-militares de Abril. Há três anos, a Associação 25 de Abril pôs como condição para estar presente ter direito à palavra. Isso não sucedeu, nem nesse ano nem no seguinte. Este ano, o convite repetiu-se e a condição idem. A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, achou por bem dizer que “o problema é deles”; e Vasco Lourenço, presidente da Associação, respondeu dizendo que “o problema está resolvido”. Ou seja, não irão. Mas, na verdade, nem o problema é “deles” nem está resolvido. Navega sobre as nossas cabeças, sem que, até à data, que se saiba, tenha sido levado formalmente a conferência de líderes. E, já agora, o problema é “nosso” e, por via do voto, dos deputados que elegemos. Não deveriam ouvi-los?
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Estava a Assembleia da República no bom caminho, com umas comemorações do 25 de Abril austeras mas dignas, quando, mais uma vez por inabilidade verbal, volta a repetir-se este ano a querela Parlamento-militares de Abril. Há três anos, a Associação 25 de Abril pôs como condição para estar presente ter direito à palavra. Isso não sucedeu, nem nesse ano nem no seguinte. Este ano, o convite repetiu-se e a condição idem. A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, achou por bem dizer que “o problema é deles”; e Vasco Lourenço, presidente da Associação, respondeu dizendo que “o problema está resolvido”. Ou seja, não irão. Mas, na verdade, nem o problema é “deles” nem está resolvido. Navega sobre as nossas cabeças, sem que, até à data, que se saiba, tenha sido levado formalmente a conferência de líderes. E, já agora, o problema é “nosso” e, por via do voto, dos deputados que elegemos. Não deveriam ouvi-los?