PS vê perspectiva da Fitch com "prudência"

Maioria considera avaliação positiva, PCP e BE lembram que as agências de rating estão ao "serviço dos especuladores".

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Luís Montenegro não confirmou nem desmentiu se era da Maçonaria Foto: Rui Gaudêncio

Pedro Marques, deputado socialista, começa por sublinhar que a perspectiva da Fitch "é melhor que seja positiva do que negativa", mas "é preciso muita prudência". É que, explicou, "as condições de financiamento ainda estão por garantir a tal saída limpa, sem condições", afirmou o ex-secretário de Estado aos jornalistas no Parlamento.

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Pedro Marques, deputado socialista, começa por sublinhar que a perspectiva da Fitch "é melhor que seja positiva do que negativa", mas "é preciso muita prudência". É que, explicou, "as condições de financiamento ainda estão por garantir a tal saída limpa, sem condições", afirmou o ex-secretário de Estado aos jornalistas no Parlamento.

Pedro Marques disse ainda não se rever nos "pessimistas" referidos momentos antes pelo líder da bancada do PSD, Luís Montenegro. A nota da Fitch que passou o rating português de negativo para positivo "serve como apelo à consciência dos pessimistas que não acreditavam naquele caminho e que hoje devem olhar para trás", afirmou Luís Montenegro.

Numa espécie de apelo aos socialistas para um entendimento, o líder da bancada do PSD lembra que a agência de rating dá conta dos riscos de haver uma percepção de que a política de consolidação orçamental não continuar a dar mostras de credibilidade. Pedro Marques respondeu: "Esses apelos falsos a compromissos não tem qualquer impacto e surgem num momento pré-eleitoral".

Cecília Meireles, do CDS, leu a nota da Fitch como uma "boa notícia" que "espelha aquilo que é o reganhar e recuperar a credibilidade externa de Portugal que pode ser muito importante no momento de viragem da economia portuguesa".

Leitura muito diferente fizeram os deputados do PCP e do BE. O comunista Paulo Sá sublinhou que "estas agências estão ao serviço e servem os interesses de quem especula sobre a dívida portuguesa" e que por isso "é natural que reflicta a satisfação pela subida da dívida". O deputado reiterou a necessidade de renegociar a dívida.

Para Mariana Mortágua, do BE, também não há razões para o PSD e o Governo "procurarem embandeirar em arco". A Fitch "vem dizer que a dívida portuguesa continua a ser lixo", referiu. A deputada bloquista lembrou que "estas agências têm como clientes grandes interesses financeiros" e que a Fitch ao dar esta perspectiva a médio prazo significa que "há uma perspectiva que os especuladores financeiros receberam o seu dinheiro".