Ucrânia, os cenários que já são realidade
Os cenários para a Ucrânia não mudaram. O que mudou foi a transformação, agora real, desses cenários em realidade. Onde havia a promessa de “libertar” outras zonas do país à semelhança do que sucedeu na Crimeia (que já é factualmente russa), há agora actos de invasão que pretendem concretizá-la; onde havia a “certeza” de dominar os avanços dos rebeldes pró-russos, há agora uma visível frustração por tal plano ter falhado; e onde se quis apelar à coesão surge, com cada vez maior nitidez, o fantasma da desintegração. Face a tudo isto, brandindo os mesmo argumentos de antes, Rússia e Estados Unidos voltam a falar em negociações multilaterais sem que se saiba bem o que é já negociável. Isto porque a insegurança, no terreno, é cada vez maior e não se vislumbra como unir um país com focos crescentes de secessão. Bem perto, a Rússia exulta. Uma Ucrânia fraca é uma presa fácil. Não para invadir, mas para subjugar. A começar pela economia.
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Os cenários para a Ucrânia não mudaram. O que mudou foi a transformação, agora real, desses cenários em realidade. Onde havia a promessa de “libertar” outras zonas do país à semelhança do que sucedeu na Crimeia (que já é factualmente russa), há agora actos de invasão que pretendem concretizá-la; onde havia a “certeza” de dominar os avanços dos rebeldes pró-russos, há agora uma visível frustração por tal plano ter falhado; e onde se quis apelar à coesão surge, com cada vez maior nitidez, o fantasma da desintegração. Face a tudo isto, brandindo os mesmo argumentos de antes, Rússia e Estados Unidos voltam a falar em negociações multilaterais sem que se saiba bem o que é já negociável. Isto porque a insegurança, no terreno, é cada vez maior e não se vislumbra como unir um país com focos crescentes de secessão. Bem perto, a Rússia exulta. Uma Ucrânia fraca é uma presa fácil. Não para invadir, mas para subjugar. A começar pela economia.