Importações voltam a crescer mais que as exportações

Vendas ao estrangeiro aceleraram em Fevereiro, mas não o suficiente para chegarem ao ritmo das importações.

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Exportações aceleraram em Fevereiro face a Janeiro daniel rocha

De acordo com os dados do comércio internacional publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações de bens aumentaram 4,7% em Fevereiro quando comparadas com o período homólogo do ano passado. Este valor representa uma aceleração face aos 2,4% que se tinham registado em Janeiro.

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De acordo com os dados do comércio internacional publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações de bens aumentaram 4,7% em Fevereiro quando comparadas com o período homólogo do ano passado. Este valor representa uma aceleração face aos 2,4% que se tinham registado em Janeiro.

Ainda assim, tal facto não foi suficiente para colocar as exportações a crescer a um ritmo mais elevado do que as importações, já que estas apresentaram em Fevereiro uma variação homóloga de 5%.

Em Janeiro, o diferencial no ritmo de crescimento entre importações e exportações tinha sido bastante mais acentuado. As importações cresceram 10,1% no primeiro mês do ano, contra os 2,4% das exportações.

O défice comercial registado em Janeiro e Fevereiro foi de 1750 milhões de euros, quando no mesmo período do ano passado tinha sido de 1345 milhões de euros, ou seja, menos 405 milhões.

Estes resultados dos dois primeiros meses de 2014 mostram uma alteração da tendência registada na generalidade de 2013, quando no total do ano as exportações de bens cresceram 4,8% contra apenas 0,8% das importações. O último mês em que um crescimento mais alto das importações se tinha registado tinha sido em Julho passado.

Estes resultados mostram um dos principais desafios que a economia portuguesa tem pela frente numa fase em que o consumo e o investimento ensaiam uma retoma: conseguir crescer, sem fazer subir demasiado as importações e mantendo uma balança com o exterior positiva.

No final de 2013 foi notório, nos dados das contas nacionais do INE, que o contributo para as maiores taxas de crescimento vieram mais da procura interna e menos da procura externa líquida (exportações menos importações). Na sua previsão para 2014, o Banco de Portugal estima que o contributo da procura externa líquida para o crescimento previsto de 1,2% seja de zero.