Jardim distribui 12,5 milhões em subsídios aos clubes da Madeira
Os três clubes de futebol profissional (Marítimo, Nacional e União) recebem 40% do total dos apoios.
Metade dos subsídios (seis milhões) destina-se aos clubes e sociedades anónimas desportivas em competições profissionais e não profissionais, em violação com a lei de bases do sistema desportivo.
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Metade dos subsídios (seis milhões) destina-se aos clubes e sociedades anónimas desportivas em competições profissionais e não profissionais, em violação com a lei de bases do sistema desportivo.
Os três clubes de futebol profissional, dois dos quais com sociedades anónimas desportivas e a disputar campeonatos nacionais, absorvem quase cinco milhões que correspondem a 40% do montante total dos subsídios: a SAD do Marítimo recebe 2,04 milhões, a SAD do Nacional 1,96 milhões e a SAD do União 985 mil euros.
O remanescente milhão de euros é distribuído pelas três sociedades desportivas de andebol e basquetebol, sendo 398 mil para Académico Marítimo Andebol (masculino), 228 mil para Madeira Andebol (feminino) e 389 mil para o Amigos do Basquetebol.
Às outras modalidades desportivas com representação nacional, o governo de Alberto João Jardim concedeu apoios que totalizam os 497 mil euros. Pelos clubes que participam em competições regionais foram distribuídos 1,1 milhões de euros.
Ainda de acordo com a portaria do governo madeirense, o orçamento regional suportará também deslocações de equipas e atletas no montante de 736 mil euros. Para eventos e infra-estruturas desportivas foram com reservados cerca de 500 mil euros.
O total dos apoios concedidos para a época desportiva de 2013/14 ultrapassa o nível global da anterior, apesar do Programa de Ajustamento Economico e Financeiro impor cortes superiores a 15% nos subsídios.
Mais que questionar esta redução imposta pela conjuntura financeira, os clubes e associações madeirenses têm reclamado os vários milhões de subsídios relativos a épocas anteriores e ainda não transferidos pelo governo regional que tem encerrado instalações desportivas por falta de dinheiro para a sua manutenção.
O incumprimento de tais contratos levou a que alguns clubes desistissem da participação em competições nacionais.