Apoio recorde aos países em desenvolvimento em ano de recessão económica
Portugal foi o país com maior descida na ajuda: 20,4%.
O relatório refere que os doadores contribuíram no total com mais de 98 mil milhões de euros em apoio económico, o que traduz uma “clara recuperação após dois anos de declínio”. Mais de metade do montante alcançado é proveniente dos 19 membros do Comité da OCDE que fazem parte da União Europeia.
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O relatório refere que os doadores contribuíram no total com mais de 98 mil milhões de euros em apoio económico, o que traduz uma “clara recuperação após dois anos de declínio”. Mais de metade do montante alcançado é proveniente dos 19 membros do Comité da OCDE que fazem parte da União Europeia.
Dos 28 países que compõem o Comité de Assistência, 17 aumentaram a cooperação económica em 2013. Os aumentos mais expressivos foram registados na Islândia, Itália, Japão, Noruega e Reino Unido.
As maiores doações, em volume de dinheiro, foram feitas pelos Estados Unidos (23 mil milhões de euros), Reino Unido, Japão e França. No entanto, destes países apenas o Reino Unido alcançou a meta de 0,7% do Produto Interno Bruto em ajuda económica, estabelecida pelas Nações Unidas.
No caso particular da França, embora continue a ser a quinta nação que mais fundos canalizam para a ajuda económica a países em desenvolvimento, registou a terceira maior queda em 2013, o equivalente a uma redução de 9,8% em comparação com o ano transacto. Para o Comité da OCDE esta redução deve-se, essencialmente, “aos níveis inferiores de desembolsos de empréstimos e à amortização da dívida”.
Nos países não-membros da OCDE, os Emirados Árabes Unidos destinaram 1,25% do PIB à ajuda pública ao desenvolvimento, o que significa um aumento de 375,5% em relação ao ano anterior. Para este aumento contribuiu, como refere o relatório, “o apoio excepcional concedido ao Egipto”.
O Comité de Assistência ao Desenvolvimento prevê um aumento dos níveis de ajuda em 2014, que se estabilizará nos anos seguintes. O relatório antecipa ainda uma queda na ajuda aos países economicamente mais desfavorecidos da África subsariana, sublinhando que esta é “uma preocupação séria” da organização. Por outro lado, acredita-se que ocorra um aumento das ajudas ao continente asiático e que em 2017 estas igualem as concedidas ao continente africano.