Viatura de emergência de Évora outra vez parada
Segundo o hospital local, o INEM está informado e tem outros meios disponíveis na região.
Fonte do gabinete de comunicação do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) confirmou à Lusa a inoperacionalidade da viatura no turno entre as 8h e as 16h, e que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) "está informado" e que "tem outros meios disponíveis na região".
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Fonte do gabinete de comunicação do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) confirmou à Lusa a inoperacionalidade da viatura no turno entre as 8h e as 16h, e que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) "está informado" e que "tem outros meios disponíveis na região".
Uma outra fonte clínica avançou à Lusa que a VMER está parada nesta terça-feira devido à falta de médico, estando apenas disponível um enfermeiro.
A justificação não convence o Movimento de Utentes da Saúde Pública (MUSP) de Évora, que se manifestou preocupado com o facto de a viatura estar várias vezes inoperacional. "Não é a primeira vez que acontece. A Administração Regional de Saúde do Alentejo corta verbas e, depois, não há pessoal para fazer as escalas" da VMER, afirmou à Lusa Lina Maltez, porta-voz daquele movimento. "Temos informação que nem sempre há pessoal disponível para fazer as escalas, porque não pagam e cortam na saúde", criticou, alertando que esta situação "pode custar vidas".
No domingo à noite, quando ocorreu um acidente com dois mortos, perto de Reguengos de Monsaraz, a viatura de emergência do Hospital de Évora também estava indisponível devido a "motivos de doença de um profissional escalado", segundo esclareceu a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo. Contudo, os serviços regionais do Ministério da Saúde argumentaram que o socorro às vítimas "foi efectivamente prestado", através dos Bombeiros Voluntários de Reguengos de Monsaraz. Segundo a ARS, a taxa de operacionalidade da VMER de Évora "tem estado, desde o início do ano, assegurada acima dos 90%".
"Será que se a VMER tivesse respondido, eles podiam estar vivos. Podiam ou não. É uma dúvida que vai ficar para sempre nas famílias das vítimas", observou Lina Maltez. Considerando que, "infelizmente, estes acidentes dão razão" ao MUSP de Évora, Lina Maltez exigiu a disponibilidade a 100% da viatura de emergência do Hospital de Évora.
Há pouco mais de três meses, a 25 de Dezembro de 2013, a VMER de Évora também estava inoperacional quando um acidente na Estrada Nacional (EN) 114, entre Évora e Montemor-o-Novo, que envolveu dois automóveis e um cavalo, provocou quatro mortos - entre os quais uma ex-jornalista do PÚBLICO - e quatro feridos graves.