Susana Ventura vence IX Prémio Fernando Távora

Arquitecta de Coimbra distinguida por unanimidade numa edição que contou com 27 candidaturas.

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A arquitecta Susana Ventura Catarina Botelho

A arquitecta licenciada pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e doutorada em Filosofia (Estética) na Universidade Nova de Lisboa propõe-seatravessar paisagens longínquas, terras desconhecidas, limites imprecisos”, em busca de “uma arquitectura intensiva”, que considera “um lugar incógnito, ainda, da Teoria da Arquitectura”.

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A arquitecta licenciada pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e doutorada em Filosofia (Estética) na Universidade Nova de Lisboa propõe-seatravessar paisagens longínquas, terras desconhecidas, limites imprecisos”, em busca de “uma arquitectura intensiva”, que considera “um lugar incógnito, ainda, da Teoria da Arquitectura”.

O prémio foi decidido por unanimidade pelo júri, que foi presidido pela arquitecta Paula Santos e integrou os também arquitectos José António Bandeirinha e Pedro Bandeira, além de Maria José Ferrão, em representação da família de Fernando Távora (1923-2005), e ainda, como convidado, o artista plástico portuense José Pedro Croft – que tinha agendada para a sessão de entrega do prémio uma conferência sobre o tema da Viagem.

Os jurados viram na candidatura de Susana Ventura uma “clareza de propósitos e consistência” capazes de “unificar diferentes geografias e culturas”. "Referenciando distintos objectos arquitectónicos, [a proposta vencedora] propõe uma leitura temática capaz de construir uma narrativa inesperada. A viagem relaciona paisagens entre o Oriente e o Norte e Centro da Europa, e arquitectos modernos e contemporâneos”, nota ainda a acta do júri.

Susana Ventura associa à sua actividade de arquitecta também a de escritora, professora, investigadora e curadora. Defendeu a sua licenciatura com uma tese sobre o conceito de felicidade no pensamento e na obra de Le Corbusier. Trabalhou nos ateliers de Gonçalo Byrne e João Mendes Ribeiro. Encontra-se actualmente a desenvolver um projecto de pós-doutoramento sobre o tema da arquitectura intensiva na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.

Com o valor pecuniário de seis mil euros, o Prémio Fernando Távora – que na edição deste ano contou com 27 candidaturas – é uma bolsa de viagem que, no caso de Susana Ventura, vai levá-la, partindo de Lisboa, a passar por cidades do Japão, Noruega, Finlândia, Suécia, República Checa, Áustria e Suíça.

O resultado desta viagem será apresentado, como habitualmente, numa conferência na Câmara de Matosinhos a 6 de Outubro, Dia Mundial da Arquitectura.

O Prémio Távora é uma distinção anual destinada a arquitectos membros da Ordem, sendo organizado pela sua Secção Regional do Norte, pela Câmara de Matosinhos e pela associação Casa da Arquitectura.

Lançado em 2005, o prémio distinguiu até agora os arquitectos Nélson Mota, Sílvia Benedito, Maria Moita, Cristina Salvador, Armando Rabaço, Marta Pedro, Paulo Moreira e Sidh Mendiratta.