O calvário continua para os Crusaders

Na 7.ª jornada do Super Rugby, os Rebels provocaram a surpresa da jornada e os Sharks voltaram a convencer

Hurricanes conseguem a segunda vitória

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Hurricanes conseguem a segunda vitória

Os Hurricanes juntaram um bónus ofensivo à segunda vitória da época, contra uma equipa dos Crusaders que apesar de jogar em casa, continua a sentir em demasia as ausências de jogadores-chave (Richie McCaw por lesão; Daniel Carter em licença sabática) e o baixo rendimento de alguns All Blacks (Kieran Read e Israel Dagg). No total, a formação de Christchurch concedeu 19 “turnovers” num jogo que foi decidido pelas linhas-atrasadas dos Hurricanes. Com apenas sete minutos de jogo por disputar e a ganharem por 26-24, os Crusaders foram surpreendidos pelo ponta Alapati Leuia, que efectuou um sprint de 60 metros para oferecer a vitória (29-26) e o ponto de bónus aos forasteiros.

Rebels surpreendem

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Os Rebels provocaram a surpresa da jornada ao levarem de vencida os Brumbies, que mesmo assim lideram a conferência australiana. A equipa de Camberra ainda liderava o marcador no início do segundo tempo (17-6) - o ensaio de Jesse Mogg e um ensaio-penalidade faziam a diferença – e parecia que conseguiria uma vitória confortável, mas viriam a perder a liderança do jogo em apenas 12 minutos quando o “15” Jason Woodward (58’) e o centro Mitch Inman (69’) efectuaram o toque de meta. Com a pontaria afinada, Woodward penalizou a indisciplina na hora de rematar aos postes e obteve 27 pontos. Os Brumbies ainda tentaram recuperar, mas o ensaio adicional de Robbie Coleman (77’) seria insuficiente para inverter o rumo dos acontecimentos (32-24).

Ma’a Nonu e Kaino já fazem a diferença

Os Blues voltaram a colocar a sua campanha de Super Rugby na rota das vitórias e o regresso dos All Blacks Ma’a Nonu e Jerome Kaino já fez a diferença contra os Highlanders. Os forasteiros estiveram atípicos ao não conseguirem um único ensaio e tiveram de se contentar com o jogo ao pé de Lima Sapoaga. Por outro lado, os anfitriões conseguiram três ensaios por George Moala (10’), Ma’a Nonu (36’) e Charles Piutau (49’) e nunca permitam a discussão do resultado, com a terceira-linha de Auckland - que conta com a presença de Jerome Kaino, Luke Braid e de Steven Luatua -, demasiado devastadora para os Highlanders, privando a rápida circulação de bola para as suas linhas-atrasadas.

Stormers terminam tour apenas com derrotas

Num jogo atípico, os Stormers foram a equipa que marcou mais ensaios, mas os Reds foram mais disciplinados e clínicos. Os sul-africanos concluíram assim a tournée pela Oceânia com três derrotas, precipitando uma mudança técnica na equipa da Cidade do Cabo, com o regresso de Gert Smal ao rumo dos Stormers contando (ainda) com Allister Coetzee como treinador principal. O jogo até começou bem para a equipa sul-africana com Damian de Allende a marcar o primeiro ensaio aos nove minutos (0-10), mas os anfitriões responderiam por intermédio de Rob Simmons (24’) e iriam para o intervalo a ganhar (13-10). No segundo tempo os visitantes ainda conseguiram mais um ensaio, através de Sikhumbuzo Notshe, mas o jogo ao pé de Quade Cooper tornou-se decisivo para fazer esquecer os últimos maus resultados dos Reds. Os forasteiros voltam para casa com a esperança de conseguirem recuperar no que sobra da temporada, mas também com a má notícia da lesão no ombro do três-quartos Gio Aplon, que o afastará da competição durante seis a oito semanas.

Empate dramático em Pretória

Um jogo de râguebi tem 80 minutos e a equipa técnica dos Bulls não conseguiu perceber isso quando, aos 62 minutos, depois de estar a dominar os neozelandeses e a ganhar por uns expressos 31-15, decidiu efectuar quatro substituições no “pack” avançado - numa tentativa de gerir os jogadores para a tournée pela Oceânia - expondo uma das debilidades da equipa de Pretória: o banco fraco. Substituindo Deon Steggman, os Bulls perderam poder físico na primeira-linha, ficaram expostos e começaram a perder todas as fases dinâmicas do jogo. Como resultado disso, em 17 minutos os Chiefs marcaram 19 pontos e e empataram a partida no último sopro do jogo, levando deste encontro três pontos, enquanto que os anfitriões apenas conseguiram dois. No entanto, não pode ser retirado mérito aos Chiefs que, contra o relógio, em altitude e com jet-lag conseguiram a proeza de marcar três ensaios no último quarto de hora, demonstrando mais uma vez porque são os actuais bicampeões.

Sharks devoram Waratahs

Num jogo com demasiados casos para um jogo de râguebi, foram os Sharks que ganharam o braço de ferro com a equipa sensação da prova. Após perderem em Pretória, os Sharks regressaram a Durban para mais uma vitória, desta feita sobre os Waratahs, que não puderam contar com a sua maior estrela: Israel Folau. O inexperiente médio-abertura Fred Zeilinga, que substituiu Pat Lambie, fez um bom jogo, contando com a contribuição do “pack” avançado sul-africano que lhe ofereceu uma plataforma estável para dinamizar o ataque de KwaZulu-Natal. Os ensaios de Marcell Coetzee (49’) e Keegan Daniel (71’) e o jogo ao pé de Zeilinga ofereciam aos anfitriões a liderança de 29-3 quando apenas faltavam seis minutos para terminar a partida. Todavia, os Waratahs, não baixaram os braços e conseguiriam um excelente ensaio por intermédio do médio-abertura Bernard Foley (77’).