A Venezuela e os abusos do regime
Sem habilidade para lidar de outra forma com os protestos que há dois meses põem em causa a sua liderança na Venezuela, Nicolás Maduro deu “luz verde” às tropas e à polícia para “libertarem” a cidade de São Cristóbal, onde as acções dos oposicionistas mais se faziam sentir. Dito assim, parece uma acção de emergência destinada a repor a ordem onde começava a emergir o caos. Mas as acções repressivas do regime de Maduro, que quer a todo o custo imitar Chávez mas de forma cada vez mais desastrada, vêm de longe e deixam fortes marcas. A Amnistia Internacional aponta “dezenas de casos” de abusos e violações dos direitos humanos, “incluindo assassínios, detenções arbitrárias, tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos e degradantes”, a cargo das forças do regime. Se os opositores resvalam para uma quase-guerrilha, Maduro tem conseguido, com os seus actos de brutalidade, incentivá-la, sem que se vislumbre um sinal de paz.
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Sem habilidade para lidar de outra forma com os protestos que há dois meses põem em causa a sua liderança na Venezuela, Nicolás Maduro deu “luz verde” às tropas e à polícia para “libertarem” a cidade de São Cristóbal, onde as acções dos oposicionistas mais se faziam sentir. Dito assim, parece uma acção de emergência destinada a repor a ordem onde começava a emergir o caos. Mas as acções repressivas do regime de Maduro, que quer a todo o custo imitar Chávez mas de forma cada vez mais desastrada, vêm de longe e deixam fortes marcas. A Amnistia Internacional aponta “dezenas de casos” de abusos e violações dos direitos humanos, “incluindo assassínios, detenções arbitrárias, tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos e degradantes”, a cargo das forças do regime. Se os opositores resvalam para uma quase-guerrilha, Maduro tem conseguido, com os seus actos de brutalidade, incentivá-la, sem que se vislumbre um sinal de paz.