França mais à direita, no voto e no Governo
A forma como François Hollande tem regido os destinos da França, tão errática quanto demagógica, valeu-lhe uma estrondosa derrota nas eleições municipais do passado domingo. Se em 2008 os maires de esquerda eram 509 contra 433 de direita, agora os pratos da balança inverteram-se com forte penalização da esquerda, que desceu para 349 enquanto a direita subiu para 572 (11 de extrema-direita). Deste resultado, previsível, tirou o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault as devidas consequências e demitiu-se. No seu lugar, surge o actual ministro da Defesa, Manuel Valls, o “socialista de direita” que é mais popular entre os agora vitoriosos do que nas fileiras do PS francês. Há uma razão para a escolha de Valls: ele é o ministro mais popular do Governo e 31% dos franceses gostariam de o ver o lugar que agora ocupará. E Hollande precisa de popularidade a todo o custo. Mesmo que isso lhe valha, como a prazo valerá, ser varrido da ribalta.
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A forma como François Hollande tem regido os destinos da França, tão errática quanto demagógica, valeu-lhe uma estrondosa derrota nas eleições municipais do passado domingo. Se em 2008 os maires de esquerda eram 509 contra 433 de direita, agora os pratos da balança inverteram-se com forte penalização da esquerda, que desceu para 349 enquanto a direita subiu para 572 (11 de extrema-direita). Deste resultado, previsível, tirou o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault as devidas consequências e demitiu-se. No seu lugar, surge o actual ministro da Defesa, Manuel Valls, o “socialista de direita” que é mais popular entre os agora vitoriosos do que nas fileiras do PS francês. Há uma razão para a escolha de Valls: ele é o ministro mais popular do Governo e 31% dos franceses gostariam de o ver o lugar que agora ocupará. E Hollande precisa de popularidade a todo o custo. Mesmo que isso lhe valha, como a prazo valerá, ser varrido da ribalta.