Cinco câmaras celebram "Acordo de Amarante" para mais cooperação no Baixo Tâmega
Região pretende, com este acordo, corrigir as assimetrias existentes.
De acordo com José Luís Gaspar, chegou a hora de o território se unir na discussão e preparação de estratégias de desenvolvimento, ganhando assim "mais voz e mais escala" no contexto da região do Tâmega e Sousa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
De acordo com José Luís Gaspar, chegou a hora de o território se unir na discussão e preparação de estratégias de desenvolvimento, ganhando assim "mais voz e mais escala" no contexto da região do Tâmega e Sousa.
O acordo foi celebrado pelos municípios de Amarante (PSD/CDS), o precursor da ideia, Baião (PS), Celorico de Basto (PSD), Cinfães (PS) e Resende (PS). A Cooperativa de Desenvolvimento Rural do Baixo Tâmega, Dolmen, que opera naquela região, também subscreveu o documento.
Para o presidente da Câmara de Amarante, faz sentido que os concelhos daquele território consigam promover os seus projectos no contexto da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa.
José Luís Gaspar espera que a maior coesão que decorre da subscrição do "Acordo de Amarante" permita atenuar as "assimetrias" na distribuição dos fundos comunitários, favorecendo o Vale do Sousa, mais industrializado, e prejudicando o Baixo Tâmega e Douro Sul, mais rural
"Queremos, com uma postura construtiva, que esta região [Tâmega e Sousa] fique mais coesa, porque só assim ela será, no seu todo, mais forte e competitiva", afirmou Gaspar.
O autarca insistiu que "a região não pode crescer de uma forma consistente se não corrigir as assimetrias que existem".
"As nossas diferenças vão ajudar-nos a alavancar o desenvolvimento", acentuou ainda.
Os presidentes de câmara subscritores esperam que os fundos do próximo quadro comunitário de apoio reflictam "maior equilíbrio" entre as duas sub-regiões, reconhecendo a importância e as especificidades dos concelhos mais interiores do Tâmega e Sousa.
O autarca de Amarante reafirmou a necessidade de o Baixo Tâmega e o Douro Sul trabalharem em conjunto para potenciarem os seus recursos endógenos, muito ligados ao turismo de natureza, desenvolvimento rural, cultural e indústrias criativas.
"Queremos trabalhar para que a nossa economia seja capaz de ajudar a fixar a população", vincou.
Neste momento, disse, está a ser feito um levantamento de todo o potencial do território, para depois, em conjunto, serem definidas as estratégias de investimento, envolvendo também os parceiros privados.