Lucros da Mota-Engil subiram 24% e construtora prepara novos investimentos

Construtora vai concorrer à privatização da EGF e aposta em mais seis países africanos.

Foto
Depois de várias aquisições, Mota-Engil está a reequacionar as áreas de aposta. Dário Cruz

O presidente executivo (CEO) da Mota-Engil, Gonçalo Moura Martins, afirmou esta segunda-feira que a empresa “está interessada e vai concorrer ao processo de privatização”, cujo processo deve conhecer avanços, ao nível de decisão governamental, nos próximos dias.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O presidente executivo (CEO) da Mota-Engil, Gonçalo Moura Martins, afirmou esta segunda-feira que a empresa “está interessada e vai concorrer ao processo de privatização”, cujo processo deve conhecer avanços, ao nível de decisão governamental, nos próximos dias.

Em declarações ao PÚBLICO, o CEO adiantou que “a Mota-Engil tem sido abordada por vários potenciais interessados”. No entanto “neste momento, apesar de não rejeitar parcerias, a empresa está a estudar sozinha essa privatização”.

O grupo de construção tem em curso um processo de autonomização da actividade em África, a realizar previsivelmente até ao final do primeiro semestre. Até meados de Maio, a empresa entregará na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (VMVM) o prospecto de dispersão da nova empresa. Esta apresentação à CMVM decorre do facto da Mota-Engil estar cotada na bolsa de Lisboa.

A construtora não revelou se já decidiu em que praça bolsista vai cotar a Mota-Engil África, mas Gonçalo Moura Martins adianta que o leque de escolhas está agora reduzido a Lisboa e Londres, tendo caído a opção de Amesterdão.

Em termos consolidados, a Mota-Engil registou um crescimento no volume de negócios consolidados de 3,1%, potenciados pelos mercados africano e americano, onde a empresa registou taxas de crescimento superiores a 35%.

O mercado africano responde por um volume de negócios ligeiramente acima de mil milhões, que a empresa quer reforçar com novos projectos em estudo no Uganda, Quénia, Tanzânia, Ruanda, Camarões e Namíbia, países onde ainda não tem actividade.

O volume de negócios consolidado atingiu em 2013 os 2,3 mil milhões de euros e a carteira de encomendas ascende a 3,9 mil milhões de euros.