Triunfo em Braga deixa Benfica mais perto de ultrapassar o trauma

Vitória pela margem mínima (1-0) permite manter vantagem de sete pontos sobre o Sporting e começar a fazer as contas ao título.

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Miguel Vidal/Reuters

O discurso de Jorge Jesus no final da partida em Braga continuava cauteloso, lembrando que ainda há muitos jogos pela frente, mas matematicamente a equipa pode sagrar-se campeã dentro de três jogos, quando receber o Olhanense, sem ter que esperar por nenhuma escorregadela do Sporting, o adversário mais próximo nesta fase do campeonato.

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O discurso de Jorge Jesus no final da partida em Braga continuava cauteloso, lembrando que ainda há muitos jogos pela frente, mas matematicamente a equipa pode sagrar-se campeã dentro de três jogos, quando receber o Olhanense, sem ter que esperar por nenhuma escorregadela do Sporting, o adversário mais próximo nesta fase do campeonato.

O triunfo deste domingo, que permite manter a vantagem no topo do campeonato, foi construído logo na fase inicial da partida, através de um golo de Lima marcado aos 13 minutos. O lance começa com um roubo de bola de Gaitán a Dabó no meio-campo, o argentino colocou em Rodrigo que trabalhou bem sobre Santos, ganhando a linha de fundo e cruzando para a finalização fácil do ponta-de-lança que já tinha jogado em Braga. A vitória benfiquista podia ter sido mais dilatada, mas Eduardo defendeu uma grande penalidade cobrada por Rodrigo em cima do minuto 90 – castigando uma falta que o hispano-brasileiro tinha sofrido de Milkjovic num lance muito semelhante ao do golo.

Antes do único golo do encontro, o Benfica já tinha ameaçado por duas vezes, ambas com Gaitán e Enzo como protagonistas. Primeiro (8’) o extremo foge nas costas da defesa, dando a melhor sequência a um passe vertical, contornou Eduardo, mas não teve ângulo para fazer o golo. Dois minutos volvidos, Enzo acelera na zona central e coloca a bola na área onde Gaitán volta a não estar na melhor posição na hora de definir.

Estas foram as únicas ocasiões de golo claras do Benfica na primeira parte. Face à vantagem conseguida numa fase inicial da partida, a equipa de Jorge Jesus tentou controlar os intentos ofensivos do adversário com um posicionamento mais expectante. O Sp. Braga – que entre lesões e castigos tinha uma equipa muito desfalcada e teve que jogar com três atletas que começaram a temporada na equipa B – voltou a mostrar as mesmas debilidades patenteadas nos últimos encontros e, em particular, na meia-final da Taça de Portugal na quarta-feira: futebol óbvio, falta de verticalidade e poucas ideias para desbloquear as situações ofensivas.

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Só de bola parada a formação da casa conseguiu dar sinais positivos na resposta à vantagem adversária. À passagem da primeira meia-hora, Rusescu apareceu entre os defesas contrário, respondendo a um pontapé de canto batido por Pardo com um cabeceamento por cima. Esse lance teve o condão de acordar os minhotos, que somaram mais duas ocasiões nos minutos seguintes, ambas protagonizadas por Pardo. Garay (34’) ofereceu o corpo a um remate forte e Siqueira (36’) com um corte de carrinho evitou males maiores para a equipa de Jorge Jesus.

A formação lisboeta entrou mais rápida no início do segundo tempo, acelerada por Gaitán, que esteve imparável no corredor esquerdo. Fejsa (49'), num cabeceamento por cima deu o aviso mais evidente das intenções "encarnadas". O Sp. Braga tardou a reagir e apenas na fase final do jogo, numa altura em que jogava já com quatro avançados, conseguiu rematar com perigo, por Rusescu (80'), mas o disparo saiu por cima da baliza.

Apesar das intenções bracarenses, foi o Benfica quem esteve mais perto de voltar a marcar e, antes do penálti negado a Rodrigo, Eduardo fez mais um par de boas intervenções, a remate de Markovic de fora da área (83') e na reacção a um corte de Paulo Vinícius, que quase acabava num autogolo (84’).